Conselho Geral do IPT
No último Conselho Geral do Instituto Politécnico de Tomar em que eu (Tiago Lopes) participei como representante dos alunos da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, votei a favor do aumento das propinas (de 850€ para 900€) para o ano lectivo 2008/2009. Seguem então as minhas razões:
1.) No actual cenário do Ensino Superior Público Português um aumento anual nas propinas de 50€ é, no mínimo, um luxo. Se olharmos em nosso redor, e deixarmos de ser autistas e cegos funcionais, o luxo torna-se um verdadeiro presente de Natal antecipado. Acredito que o Ensino Superior é dispendioso para os que menos dinheiro têm. Não questiono isso (mas não devemos esquecer que exsistem bolsas de apoio aos alunos mais carenciados)! Mas as hipóteses são duas: 1.) Aumentar 50€ de propinas (sinceramente, receava por um aumento bem maior) ou 2.) fechar o IPT. Não há terceira via neste assunto!
2.) Não acredito que, como representante dos estudantes da ESTA, tenha que votar contra, só porque (pensam alguns!) é essa a lógica do sistema... Isso tem alguma lógica? O voto é um acto de responsabilidade, em que expressamos a vontade um colectivo. Da minha parte, tenho plena confiança na inteligência dos alunos da ESTA para compreenderem o aumento de 50€. Não votarei CONTRA só porque é assim que devemos votar... É absurdo!
3.) Se votasse contra teria exposto argumentos; pedido contas; exigido satisfações à Presidência. Não voto contra, como disse anteriormente, para agradar ao "bloco académico". Quem vota contra sem perceber o que vota, porque vota e, acima de tudo, em nome de quem vota deveria ter um pouco mais de cuidado... Na ESTA ensinam-nos a ser inteligentes dentro e fora da sala de aulas (acredito que na ESTT e na ESTG farão o mesmo esforço)! Foi isso que representei nesse Conselho Geral!
4.) Não votei o aumento de livre ânimo porque terminei a minha Licenciatura. Quero deixar aos meus colegas o melhor possível. E o melhor, acreditem, é um aumento de 50€. Ou preferem um aumento de 150€? Ou 200€? Bater com o pé em pose rezingona, como se fossemos miúdos de 6 anos a pedir mais um doce não nos levará a lado nenhum.
Foi uma honra ser representante do corpo discente da ESTA no Conselho Geral do IPT.
Com a mais alta estima,
Tiago André Ferreira Lopes