Comunicação Social [Turma 2004]

Apontamentos e notas dos alunos do curso de Comunicação Social (turma de 2004) da Escola Superior de Tecnologias de Abrantes - IPT.

sábado, janeiro 06, 2007

Cristianismo (Relações Internacionais)

Continuam a faltar algumas religiões, para completar o quadro de estudo. Entretanto será publicado um texto sobre o valor das religiões nas guerras internacionais, texto esse que servirá de base a uma possivel pergunta em frequencia

Catolicismo

Vertente do Cristianismo que herdou do judaísmo a crença na existência de um único Deus, criador do universo e que poder intervir sobre ele. Os seus atributos mais importantes são por isso a omnipotência, a omnipresença e omnisciência.
Vertente do Cristianismo mais disseminada no mundo. Baseia-se na crença de que Jesus foi o Messias, enviado à Terra para redimir a Humanidade e restabelecer nosso laço de união com Deus (daí o Novo Testamento).
No seu sentido mais estreito, o termo é usado para referir a Igreja Católica Apostólica Romana, sob o Papado, e que afirma ter mais de um bilião de aderentes, o que a transforma na maior denominação cristã do mundo.

As suas características distintivas são: - a aceitação da autoridade do Papa: o Bispo de Roma, e a comunhão com ele, e aceitarem na sua autoridade em matéria de "fé" e "moral" e a sua afirmação de "total, supremo e universal poder sobre toda a Igreja".
A Igreja Católica estrutura-se em regiões geográficas autónomas, as dioceses, dirigidas pelos bispos, vinculados organicamente ao bispo de Roma, o Papa.
Esta denominação é frequentemente chamada Igreja Católica Romana, muito embora o seu nome formal seja apenas "Igreja Católica". A Igreja é universal por vocação. Por isso se chama Católica ("universal").
Afecta o homem inteiro, todos os homens, de todos os tempos e culturas. Ser cristão é ser transformado em Cristo, um homem novo. O que significa coerência, formação, etc.

O termo "católico" significa universal, e a primeira vez em que foi usado para qualificar a Igreja foi no ano 105 d.C., numa carta de Santo Inácio, então bispo de Antioquia.
Os cristãos da maior parte das igrejas afirmam a sua fé "numa única santa Igreja católica e apostólica". Esta crença refere-se à sua crença na última unidade de todas as igrejas sob um Deus e um Salvador. No entanto, neste contexto, a palavra católico é usada pelos crentes num sentido definitivo (isto é, universal), e não como o nome de um corpo religioso. O seu livro sagrado é a Bíblia, dividida em Velho e Novo Testamento.
Um dos mais importantes preceitos católicos é o conceito de Trindade, ou seja, do Deus Pai, do Deus Filho (Jesus Cristo) e do Espírito Santo. Estes três seres seriam ao mesmo tempo Um e Três.
A principal e maior denominação Católica é a "Igreja Católica Apostólica Romana".
De acordo com sua doutrina tradicional, O Papa, Bispo de Roma e Sucessor de S. Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja. É o vigário de Cristo, cabeça do colégio dos Bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual, por instituição divina, tem poder, pleno, supremo, imediato e universal.

Razões do crescimento da Igreja Católica Romana

A Igreja Católica Apostólica Romana cresceu de maneira extraordinária após a conversão de Constantino, que concedeu liberdade de culto aos cristãos (que antes eram perseguidos), através do Edito de Milão. Acabando com a perseguição aos cristãos, Constantino incluiu modificações contundentes nas estruturas do Império Romano, como a adopção da cruz no uniforme dos seus soldados, símbolo miraculoso visto por ele durante a quase perdida batalha com Mascentius, onde, após a visão, venceu o conflito.


O Catolicismo ensina que o fiel deve obedecer aos Sete Sacramentos, que são:
Baptismo: O indivíduo é aceito como membro da Igreja, e portanto, da família de Deus.
Crisma: Confirmação do Baptismo.
Eucaristia (ou comunhão): Ocasião em que o fiel recebe a hóstia consagrada, símbolo do corpo de Cristo.
Confissão: Ato em que o fiel confessa e reconhece seus pecados, obtendo o perdão divino mediante a devida penitência.
Ordens Sacras: Consagração do fiel como sacerdote, se ele assim o desejar, e após ter recebido a preparação adequada.
Matrimónio: Casamento.
Extrema-unção: Sacramento ministrado aos enfermos e pessoas em estado terminal, com o intuito de redimi-las dos seus pecados e facilitar o ingresso de suas almas no Paraíso.

O Culto a Maria e aos santos
Além do culto a Jesus, o Catolicismo enfatiza o culto à Virgem Maria (mãe de Jesus Cristo) e a diversos santos. Este, aliás, foi um dos pontos de divergência mais sérios entre a Igreja Católica e outras correntes cristãs. Para os evangélicos, por exemplo, a crença no poder da Virgem e dos santos enquanto intermediadores entre Deus e os homens constitui uma verdadeira heresia. No entanto, os teólogos católicos diferenciam muito bem a adoração e a veneração: eles explicam que, na liturgia católica, somente Deus é adorado, na pessoa de Jesus, seu filho unigénito. O respeito prestado à Virgem Maria e aos santos (estes últimos, pessoas que em vida tiveram uma conduta cristã impecável e exemplar) não constitui um rito de adoração.
É de salientar que o processo de canonização - que consagra uma pessoa como "santa" - é minucioso, estende-se ao longo de vários anos e baseia-se numa série de relatos, pesquisas e provas testemunhais.

Céu e o Inferno
A recompensa máxima esperada pelo fiel católico é a salvação de sua alma, que após a morte entrará no Paraíso e lá gozará de descanso eterno, junto de Deus Pai, dos santos e de Jesus Cristo.
No caso de um cristão morrer com alguns “problemas por resolver” com o plano celestial, ele terá de fazer acertos - que talvez incluam uma passagem pelo Purgatório, espécie de reino intermediário onde a alma será submetida a uma série de suplícios e penitências, a fim de se purificar. A intensidade dos castigos e o período de permanência nesse estágio vai depender do tipo de vida que a pessoa levou na Terra.
Mas o grande castigo mesmo é a condenação da alma à perdição eterna, que acontece no Inferno. É para lá que, de acordo com os preceitos católicos, são conduzidos os pecadores renitentes. Um suplício e tanto, que jamais se acaba e inclui o convívio com Satanás, o senhor das trevas e personificação de todo o Mal.
Mas quais são, afinal, os pecados? A Igreja é universal por vocação. Por isso se chama Católica ("universal").

Pecar é não obedecer aos 10 Mandamentos de Moisés, incorrer num dos Sete Pecados Capitais, desrespeitar os 5 Mandamentos da Igreja ou ignorar os Mandamentos da Caridade.
Os 10 Mandamentos da Lei de Deus são:
1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar Seu santo nome em vão.
3. Santificar os Domingos e festas de guarda.
4. Honrar pai e mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade.
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.

Os Sete Pecados Capitais são:
1. Gula
2. Vaidade
3. Luxúria
4. Avareza
5. Preguiça
6. Cobiça
7. Ira

Os Mandamentos da Igreja são:
1. Participar da Missa nos domingos e festas de guarda.
2. Confessar-se ao menos uma vez ao ano.
3. Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição.
4. Santificar as festas de preceito.
5. Jejuar e abster-se de carne conforme manda a Santa Madre Igreja.

E os Mandamentos da Caridade são:
1. Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente
2. Amarás a teu próximo como a ti mesmo.

Protestantismo

O Protestantismo é um dos grandes ramos do Cristianismo, originário da Reforma ocorrida na Europa no século XVI. Devido à sua própria natureza, é diverso em sua composição, doutrinas, práticas e culto.

Definição da palavra

No sentido estrito da palavra, o protestantismo significa o grupo de príncipes e cidades imperiais que, na dieta de Speyer[1], em 1529, assinaram um protesto contra o Édito de Worms que proibiu os ensinamentos Luteranos no Sacro Império Romano. A partir daí, a palavra "protestante" em áreas de língua alemã ainda se refere às Igrejas luteranas, enquanto que a designação comum para todas as igrejas originadas da Reforma é Reformado, no Brasil usa-se o termo Evangélico para dizer protestante.
No sentido lato, a palavra designa todos os grupos religiosos cristãos de origem europeia ocidental, que romperam com a Igreja Católica Apostólica Romana como resultado da influência de Martinho Lutero, fundador das igrejas luteranas, e de João Calvino, fundador do movimento Calvinista. Um terceiro ramo principal da Reforma, que entrou em conflito tanto com os Católicos como com os outros Protestantes é conhecido como Reforma Radical ou Anabaptista. Lutero e Calvino distanciaram-se destes movimentos mais radicais, que eles viram como uma semente de insubordinação social e fanatismo religioso.
Alguns grupos cristãos ocidentais não-católicos são chamados Protestantes, ainda que os respectivos grupos não reconheçam quaisquer ligações a Lutero, Calvino ou aos Anabaptistas.

Origem do Protestantismo

Os protestantes situam normalmente a sua separação da igreja católica romana por volta do ano 1500, chamando-lhe a reforma magistral porque propunha inicialmente numerosas revisões radicais dos padrões da doutrina da Igreja Católica Romana (o chamado magisterium). Os protestos irromperam repentinamente e em vários locais ao mesmo tempo, de acordo com a região em que surgiu. De certa forma, esta explosão de protestos pode ser explicada por dois eventos de dois séculos anteriores na Europa ocidental.

Evolução do protestantismo

Protestantismo é um termo empregado para designar um amplo espectro de igrejas cristãs que, embora tão diferentes entre si como a Igreja Luterana e as Testemunhas de Jeová, compartilham princípios fundamentais como o da salvação pela graça de Deus mediante a fé, o reconhecimento da Bíblia como autoridade suprema e o sacerdócio comum de e todos os fiéis.
O termo "protestante" tem origem no protesto de seis príncipes luteranos e 14 cidades alemãs em 19 de Abril de 1529, quando a segunda dieta de Speyer, convocada pelo imperador Carlos V, revogou uma autorização concedida três anos antes para que cada príncipe determinasse a religião de seu próprio território. O termo foi logo adoptado, de início pelos católicos e logo a seguir pelos próprios partidários da Reforma, pois seu protesto, entendido como uma rejeição à autoridade de Roma, constituiu um claro sinal às diversas igrejas que se declaravam reformadas. A disparidade e a progressiva subdivisão das igrejas protestantes (luteranos, calvinistas, anglicanos etc.) decorreram de seu próprio princípio original: a interpretação pessoal das Sagradas Escrituras sob a luz do Espírito Santo. A ênfase dada por algumas dessas igrejas aos Evangelhos como norma de vida e à experiência pessoal da conversão
acabou por provocar o aparecimento de duas tendências no seio do protestantismo: a liberal e a fundamentalista, auto denominado evangélico.
Embora ambas as correntes tenham coexistido em algumas igrejas, a divergência acabou por provocar o surgimento de outras igrejas, entre as quais se destacam a Evangélica Alemã, a Evangélica Luterana e a Evangélica e Reformada. Apesar das diferenças existentes entre as diversas igrejas, as ideias fundamentais dos primeiros reformadores permaneceram inalteradas na maioria das denominações e credos protestantes.

Protestantismo

No século 16, um padre alemão chamado Martinho Lutero iniciou um movimento de reforma religiosa que culminaria num cisma, ou seja, numa divisão no seio da Igreja Católica. Foi assim que surgiram outras igrejas, igualmente cristãs, mas não ligadas ao Papado.
Lutero e os outros reformistas desejavam que a Igreja Cristã voltasse ao que eles chamavam de "pureza primitiva". Tais ideias foram detalhadas em 95 teses, elaboradas por Lutero, porém resultantes de uma série de discussões que envolveu boa parte do clero alemão. Entre outras propostas, sugeria-se a supressão das indulgências – que consistiam na remissão das penas referentes a um pecado, a partir de certos actos de devoção e piedade e até mesmo da compra do perdão por meio das autoridades eclesiásticas. A mediação da Igreja e dos Santos também deixaria de existir, prevalecendo então a ligação directa entre Deus e a humanidade. É por isso que, nas igrejas protestantes, não vemos imagens de santos e nem temos o culto à Virgem Maria, mãe de Jesus.
Originalmente, Lutero e seus pares não pretendiam provocar um cisma na Igreja, mas apenas rediscutir algumas directrizes e efectuar mudanças. Porém, em 1530, Lutero foi excomungado pelo Papa. Essa medida alterou radicalmente os rumos da fé cristã na Europa e no mundo.

O primeiro país a aderir ao luteranismo foi a Alemanha, berço de Lutero. Depois, a Reforma irradiou-se pela Europa. Em 1537, a Dinamarca, a Suécia, a Noruega e a Islândia já tinham aderido aos princípios luteranos. Na Suíça, foi um ex-padre, Huldreich Zwingli, quem difundiu o protestantismo e, na França, o propagador foi João Calvino (1509-1564). A Reforma Protestante também triunfou na Escócia e nos Países Baixos.

Igrejas Protestantes

O Calvinismo

A corrente protestante iniciada na França por João Calvino apoiava-se em três pilares principais: a supremacia da palavra de Deus, exposta na Bíblia; a exaltação da fé; e a predestinação.
A predestinação ensina que Deus escolhe previamente aqueles que serão "salvos" – ou seja, os "eleitos". A busca da realização material (no sector profissional e nas finanças, por exemplo) também é valorizada por essa doutrina, que enaltece a importância do trabalho do homem, no sentido de "aperfeiçoar" a criação divina. Além disso, a prosperidade material pode ser entendida como um sinal de salvação, isto é, de predestinação positiva. Nesse ponto, o calvinismo apresentou uma abordagem muito mais confortável para a burguesia que florescia na Europa daquele período, em contraposição à ideia da pureza como sinonimo de virtude, defendida por algumas correntes do catolicismo.
Hoje, o protestantismo ocorre em várias partes do mundo, sob diferentes formas de apresentação. Temos os cultos sóbrios e bem-comportados, como o Luterano, o Batista e o Presbiteriano, e também os rituais exuberantes e extáticos das mais recentes igrejas pentecostais.

Culto Batista

A proclamação do Evangelho é a essência da fé baptista. Nas celebrações religiosas, os cânticos de louvor a Deus se alternam com as orações e leituras bíblicas. Os membros da igreja são incentivados a convidar outras pessoas a participarem das celebrações. Os fiéis também têm o dever de contribuir com o dízimo, de orar diariamente e de participar de algum trabalho dentro da Igreja.
Mensalmente, os baptistas participam da "Santa Ceia", compartilhando pão e suco de uva (que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo). O Baptismo é feito por submersão, ou seja, o fiel mergulha de corpo inteiro nas águas, diferentemente do uso católico.

Culto Luterano

Os luteranos defendem a ideia de que todas as igrejas que pregam o Evangelho são dignas e devem ser reconhecidas pelos demais cristãos. Isso os torna mais abertos e progressistas do que os adeptos de algumas outras denominações protestantes.
Em essência, o luteranismo ensina que a Igreja é uma espécie de "materialização" do próprio Cristo. Em suas celebrações, costuma-se proceder à leitura bíblica, às orações (de agradecimento, louvor e súplica), à meditação e à entoação de salmos e hinos.

Culto Metodista

O exemplo de outras correntes protestantes, a Igreja Metodista tem no culto dominical sua mais importante cerimónia periódica. Mas, no decorrer da semana, os fiéis costumam participar de outros encontros, formando grupos de oração, de estudos bíblicos, de trocas de informações e testemunhos etc. Eventualmente, são realizadas as chamadas "Festas de Amor", ou "Ágapes", em que os irmãos se reúnem para compartilhar o pão e a água e para discorrer sobre suas experiências na vida cristã.
A doutrina metodista estimula principalmente a prática devocional quotidiana, da qual fazem parte a meditação, a oração no lar, a leitura diária das Escrituras Sagradas e os cultos domésticos.
O principal ensinamento metodista é o de que Deus mostra os nossos pecados e nos perdoa, na proporção do nosso arrependimento. Em resposta, Ele espera receber a nossa gratidão, o nosso amor, a nossa obediência e, acima de tudo, a nossa fé.

Culto Presbiteriano

Para os presbiterianos, nada acontece sem a Vontade de Deus. Assim, é Ele quem busca aqueles que vão servi-Lo e lhes concede a oportunidade do arrependimento, do perdão e da redenção. Em Jesus Cristo, Deus expressa seu amor infinito pelos homens; o objectivo de todo fiel deve ser igualar-se a Jesus, para alcançar a plena comunhão com o Criador.
Além de participar dos cultos dominicais, dos estudos bíblicos e de outras reuniões semanais, o fiel é exortado a praticar outras actividades cristãs quotidianas: ele deve orar, ler a Bíblia e manter-se continuamente em sintonia com Deus.
As festividades presbiterianas mais importantes são: o Advento (em que é relembrada a vinda de Jesus, com ênfase no seu próximo retorno); o Natal; a Epifania (comemoração da manifestação de Cristo a todos os povos); a Quaresma, que culmina na Páscoa (em que são relembradas a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo); a Ascensão (celebração da elevação física de Jesus ao Reino de Deus); e o Pentecostes (que é a manifestação do Espírito Santo de Deus entre os homens).
As ofertas doadas pelos fiéis no decorrer dos cultos, bem como a entrega do dízimo, simbolizam a alegria da comunidade com as benesses concedidas pelo Criador.

Culto Pentecostal

A aproximação entre Deus e o fiel é o pilar sobre o qual se apoiam os cultos do Pentecostes de um modo geral. Aliás, cabe ressaltar que esse ramo do protestantismo é o que mais cresce nos dias de hoje, em quase todos os países.
O Baptismo pelo Espírito Santo é identificado quando algum fiel se põe a falar em "línguas estranhas", o que normalmente ocorre durante as orações. Os rituais de exorcismo costumam ser mais frequentes nestas do que em outras igrejas cristãs, e deles participam todos os fiéis, orando em uníssono, sob a liderança do oficiante do culto.
Os membros da Igreja participam da vida comunitária de muitas formas: pregando o Evangelho (todo fiel tem o dever de tentar ganhar novas almas para Jesus), participando de actividades internas (no coral, nos estudos bíblicos, nos grupos de jovens, na escola dominical etc.) e contribuindo com o dízimo

Diferenças em relação à Igreja cristã

Todos os protestantes, sem excepção, atribuem à si própria o direito de “interpretar” a Bíblia. Acreditam ter uma iluminação “directa” do Espírito Santo, sem intermediários, ou seja, sem a Igreja.
Objectivo dos protestantes não era conhecer as respostas católicas, mas combater a Igreja de Cristo, à Maria Santíssima, aos Santos etc.

Mas, afinal, o que é um protestante?

O protestante é aquele que "protesta contra a Igreja Católica". Sua doutrina não tem unidade, suas igrejas não são infalíveis, sua hierarquia não é rígida, seus preceitos são secundários, pois o que importa é "crer" em Cristo.
Sobre a unidade, eles se unem contra a Igreja.
Sobre a infalibilidade, eles negam na Igreja Católica, mas defendem em sua interpretação pessoal, que não admite provas em sentido contrário, ainda que mais absurdas sejam suas teses.
Sobre a hierarquia, eles obedecem apenas enquanto lhes convém, para logo depois fundarem uma Igreja que melhor se adapte à suas convicções subjectivas.
Sobre os preceitos, basta ter fé, pois aquele que tem fé se salva...
No fundo, eles só acreditam neles mesmos, pois utilizam-se da Bíblia para justificar suas crenças, já que não seguem uma Igreja determinada e nem devem obediência ao seu pequeno líder.
Em vez de consultarem as aves, como os romanos, ou os astros, como os gregos, os protestantes consultam a Bíblia, dando eles mesmos, ao texto, o sentido de que precisam e que mais se adapta a seus caprichos ou seus interesses.

Como tal, os protestantes não têm dogmas porque o dogma exige uma verdade contida na Sagrada Escritura, e declarada autêntica pela autoridade competente. Não tem moral fixa, estável, porque "basta crer" e "fazer o que quiserem", como diz Lutero, o que exclui toda moral. Não tem culto público, porque o culto é a expressão da crença e sendo a crença individual, o culto igualmente deve ser individual.

No fundo, o que fazem então os protestantes?

Eles protestam, criticam, censuram a Fé católica para substituí-la pela negação, pela revolta contra a autoridade do Papa, etc.
Esse é o laço que os une, pois a essência do protestantismo é a negação da Igreja Católica.
O protestantismo só pode viver da negação do catolicismo. Assim, se o catolicismo pudesse morrer – o que é impossível – no mesmo dia e na mesma hora estaria morto o protestantismo.
A Igreja católica é o objecto positivo; o protestantismo é a sua negação. A Igreja católica é o sol luminoso e resplandecente do dia; o protestantismo é as trevas da noite onde se tropeça e perde o caminho.

[1] O termo Dieta de Speyer se refere a várias assembleias do Sacro Império Romano realizadas na cidade de Speyer, Alemanha.

A Igreja Católica Apostólica Ortodoxa

As diferenças Doutrinais entre a Igreja Ortodoxa e a Romana
A diferença fundamental é a questão da infalibilidade papal e a pretensa supremacia universal da jurisdição de Roma, que a Igreja Ortodoxa não admite, pois ferem frontalmente a Sagrada Escritura e a Santa Tradição.
Existem, ainda, outras distinções, abaixo relacionadas em dois grupos básicos:

a) Diferenças gerais:

a. A Igreja Ortodoxa só admite sete Concílios, enquanto a Romana adopta vinte.
b. A Igreja Ortodoxa discorda da procedência do Espírito Santo do Pai e do Filho; unicamente do Pai é que admite.
c. A Sagrada Escritura e a Santa Tradição representam o mesmo valor como fonte de Revelação, segundo a Igreja Ortodoxa. A Romana, no entanto, considera a Tradição mais importante que a Sagrada Escritura.
d. A consagração do pão e do vinho, durante a missa, no Corpo e no Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, efectua-se pelo Prefácio, Palavra do Senhor e Epíclese, e não pelas expressões proferidas por Cristo na Última Ceia, como ensina a Igreja Romana.
e. Em nenhuma circunstância, a Igreja Ortodoxa admite a infalibilidade do Bispo de Roma. Considera a infalibilidade uma prerrogativa de toda a Igreja e não de uma só pessoa.
f. A Igreja Ortodoxa entende que as decisões de um Concílio Ecuménico são superiores às decisões do Papa de Roma ou de quaisquer hierarcas eclesiásticos.
g. A Igreja Ortodoxa não concorda com a supremacia universal do direito do Bispo de Roma sobre toda a Igreja Cristã, pois considera todos os bispos iguais. Somente reconhece uma primazia de honra ou uma supremacia de facto (primus inter pares).
h. A Virgem Maria, igual às demais criaturas, foi concebida em estado de pecado original. A Igreja Romana, por definição do papa Pio IX, no ano de 1854, proclamou como "dogma" de fé a Imaculada Concepção.
i. A Igreja Ortodoxa rejeita a agregação do "Filioque," aprovado pela Igreja de Roma, no Símbolo Niceno-Constantinopolitano.
j. A Igreja Ortodoxa nega a existência do limbo e do purgatório.
k. A Igreja Ortodoxa não admite a existência de um Juízo Particular para apreciar o destino das almas, logo após a morte, mas um só Juízo Universal.
l. O Sacramento da Santa Unção pode ser ministrado várias vezes aos fiéis em caso de enfermidade corporal ou espiritual, e não somente nos momentos de agonia ou perigo de morte, como é praticado na Igreja Romana.
m. Na Igreja Ortodoxa, o ministro habitual do Sacramento do Crisma é o Padre; na Igreja Romana, o Bispo, e só extraordinariamente, o Padre.
n. A Igreja Ortodoxa não admite a existência de indulgências.
o. No Sacramento do Matrimónio, o Ministro é o Padre e não os contraentes.
p. Em casos excepcionais, ou por graves razões, a Igreja Ortodoxa acolhe a solução do divórcio.
São distintas as concepções teológicas sobre religião, Igreja, Encarnação, Graça, imagens, escatologia, Sacramentos, culto dos Santos, infalibilidade, Estado religioso...

b) Diferenças especiais:

a. Nos templos da Igreja Ortodoxa só se permitem ícones.
b. Os sacerdotes ortodoxos podem optar livremente entre o celibato e o casamento.
c. O baptismo é por imersão.
d. No Sacrifício Eucarístico, na Igreja Ortodoxa, usa-se pão com levedura; na Romana, sem levedura.
e. Os calendários ortodoxo e romano são diferentes, especialmente, quanto à Páscoa da Ressurreição.
f. A comunhão dos fiéis é efectuada com pão e vinho; na Romana, somente com pão.
g. Na Igreja Ortodoxa, não existem as devoções ao Sagrado Coração de Jesus, Corpus Christi, Via Crucis, Rosário, Cristo-Rei, Imaculado Coração de Maria e outras comemorações análogas.
h. O processo da canonização de um santo é diferente na Igreja Ortodoxa; nele, a maior parte do povo participa no reconhecimento do seu estado de santidade.
i. Existem, somente, três ordens menores na Igreja Ortodoxa: leitor, acólito e sub-diácono; na Romana, quatro: ostiário, leitor, exorcista e acólito.
j. O Santo Mirão e a Comunhão na Igreja Ortodoxa efectuam-se imediatamente após o Baptismo.
k. Na fórmula da absolvição dos pecados no Sacramento da Confissão, o sacerdote ortodoxo absolve não em seu próprio nome, mas em nome de Deus - "Deus te absolve de teus pecados"; na Romana, o sacerdote absolve em seu próprio nome, como representante de Deus - "Ego absolvo a peccatis tuis...."
l. A Ortodoxia não admite o poder temporal da Igreja; na Romana, é um dogma de fé tal doutrina.

Os Dez Mandamentos
A Santa Igreja Católica Apostólica Ortodoxa conservou os dez mandamentos da Lei de Deus na sua forma original, sem a menor alteração. O mesmo não sucedeu com o texto adoptado pela Igreja Católica Apostólica Romana, no qual os dez mandamentos foram arbitrariamente alterados, tendo sido totalmente eliminado o segundo mandamento e o último dividido em duas partes, formando dois mandamentos distintos.

O que significa ser Ortodoxo
É ortodoxo quem pertence à sociedade dos fiéis cristãos que, unidos pela fé ortodoxa, seguem os ensinamentos e a doutrina da Igreja Ortodoxa e obedecem aos seus Pastores em tudo o que é concernente à Glória de Deus e à Salvação da alma.
É ortodoxo quem vive a fé e pratica as virtudes pregadas pela Igreja Ortodoxa, à qual passou a pertencer por meio do Baptismo ministrado por seus sacerdotes; quem assiste nas Igrejas Ortodoxas a todas as cerimónias, recebe os sacramentos, escuta a voz de Deus através dos pastores e empenha-se em viver do culto e da Graça derramada sobre todos os crentes.
É ortodoxo quem ama o Verdadeiro Deus e ama a Jesus Cristo e a Sua doutrina, conforme o ensina a Santa Igreja Católica Apostólica Ortodoxa.
É chamado ortodoxo aquele que crê rectamente. A palavra grega "ortodoxia" significa Doutrina Recta.

A fundação da Igreja Ortodoxa
Fundada por Cristo sobre a fé dos seus doze Apóstolos, a Igreja Ortodoxa nasceu no ano 33 da era cristã.
A Igreja Ortodoxa surgiu na Palestina com Jesus Cristo, expandiu-se com os Apóstolos e edificou-se sobre o sangue dos mártires.
A Igreja Ortodoxa, desde o seu nascimento, tem padecido e sofrido terríveis perseguições debaixo do jugo do Império romano, passando pelo muçulmano e turco, até nossos dias.
Igreja Ortodoxa Sérvia de Trieste, Itália

A separação das Igrejas Ortodoxa e Romana
Deve-se realçar que a Igreja Ortodoxa nunca se separou de nenhuma outra Igreja. Jamais se afastou, através dos séculos, da autêntica e verdadeira doutrina ensinada pelo Divino Mestre.
A Igreja Ortodoxa é una, ontem, hoje e amanhã - é sempre a mesma. Cristo assinalou-lhe o caminho a seguir, e ela observou-o e cumpriu-o sem se afastar nunca do mandato de Cristo.
Triste e doloroso acontecimento na Igreja de Cristo foi a separação das Igrejas Ortodoxa e Romana, que por mil anos permaneceram unidas.
A divisão foi efectuada durante vários séculos. A origem desse facto histórico teve como verdadeira causa a pretensão de Carlos Magno (século VIII - ano 792) de contrair casamento com a Princesa Irene de Bizâncio e não conseguir o seu objectivo. Ressentindo-se com a recusa, atacou os orientais, atribuindo-lhes erros que não tinham, nos livros chamados Carolinos, apoiado pelos teólogos da corte de Aix-la-Chapelle. Essa atitude prejudicou profundamente a vida entre ambas as Igrejas, não obstante haver o próprio Papa desaprovado a ocorrência.
A ruptura definitiva e verdadeira produziu-se na época das Cruzadas, que foram totalmente nefastas para as relações entre as duas partes da Cristandade.

Bom trabalho para todos