Comunicação Social [Turma 2004]

Apontamentos e notas dos alunos do curso de Comunicação Social (turma de 2004) da Escola Superior de Tecnologias de Abrantes - IPT.

sexta-feira, março 30, 2007

NAFTA - (Relações Internacionais)

O 06 Encontro da Comunicação terminou. Foi uma semana intensa, cheia de bons momentos que foram vividos por todos quantos tiveram a sageza de participar activamente na semana; quem não o fez perdeu mais do que ganhou. É altura de voltarmos ao trabalho e de começarmos a pensar em terminar os tranlhos de Relações Internacionais, do módulo da Dr.ª Fátima Pedro. Para dar o exemplo, aqui fica o trabalho da Helena sobre a NAFTA.

O Representante de turma,

Tiago Lopes

NAFTA

Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (North American Free Trade Agreement) ou NAFTA, é um tratado envolvendo Canadá, México e Estados Unidos da América numa atmosfera de livre comércio, com custo reduzido para troca de mercadorias entre os três países. O NAFTA entrou em efeito a 1 de Janeiro de 1994.

Em 1988, os EUA e o Canadá assinaram um Acordo de Liberalização Económica, formalizando o relacionamento comercial entre aqueles dois países. A 13 de Agosto de 1992, o bloco recebeu a adesão dos mexicanos. O actual NAFTA entrou em vigor em 1994, com um prazo de 15 anos para a total eliminação das barreiras alfandegárias entre os três países, estando aberto a todos os Estados da América Central e do Sul.

As opiniões sobre este acordo dividem-se: enquanto que alguns consideram que consolidou o comércio regional na América do Norte, beneficiou a economia mexicana e ajudou-a a enfrentar a concorrência representada pelo Japão e pela União Europeia, outros defendem que apenas transformaram o Canadá e o México em "colónias" dos EUA, piorou a pobreza no México e aumentou o desemprego nos EUA.

Restrições também deviam ser removidas de várias categorias, incluindo veículos automotores e peças automotoras, computadores, tecidos e agricultura. O tratado também protegeu os direitos de propriedade intelectual (patentes, copyrights, e marcas registradas) e esboçou a remoção de restrições de investimento entre os três países. Medidas relativas à protecção do trabalhador e do meio ambiente foram adicionadas mais tarde em consequência de acordos suplementares assinados em 1993.

Este acordo foi uma expansão do antigo “Tratado de livre comércio Canadá - EUA”, de 1989. Diferentemente da União Europeia, a NAFTA não cria um conjunto de corpos governamentais supranacionais, nem cria um corpo de leis que seja superior à lei nacional. A NAFTA é um tratado sob as leis internacionais. Sob as leis dos Estados Unidos ela é classificada melhor como um acordo congressista - executivo do que um tratado, reflectindo um sentido peculiar do termo “tratado” na lei constitucional dos Estados Unidos que não é seguida pela lei internacional ou pelas leis de outros estados.

Afinidades

As afinidades deste bloco económico, explicitadas no Artigo 102 do acordo que formaliza mesmo, são:

  • Eliminar as barreiras alfandegárias, e facilitar o movimento de produtos e serviços entre os territórios dos países participantes;
  • Promover condições para uma competição justa dentro da área de livre comércio;
  • Aumentar substancialmente oportunidades de investimento dos países participante;
  • Oferecer protecção efectiva e adequada e garantir os direitos de propriedade intelectual no território de cada um dos participantes;
  • Criar procedimentos efectivos para a implementação e aplicação deste tratado, para sua administração conjunta e para a resolução de disputas;
  • Estabelecer uma estrutura para futura cooperação trilateral, regional e multilateral para expandir e realçar os benefícios deste acordo.

Em suma, a afinidade consiste em ampliar os horizontes de mercado dos países membros e maximizar a produtividade interna. Tal maximização é obtida por meio da liberdade organizacional das empresas, o que as permite que se instalem, de acordo com suas especializações, nos países que apresentarem menores custos dos factores de produção

História

O acordo foi inicialmente perseguido por governos conservadores com relação ao livre comércio, conduzidos pelo primeiro-ministro canadense Brian Mulroney, e pelo presidente dos Estados Unidos George H. W. Bush. Houve uma considerável oposição em ambos os lados da fronteira, porém nos Estados Unidos ele tornou-se possível depois que o presidente Bill Clinton transformou sua aprovação numa iniciativa legislativa de maior importância em 1993. O vice-presidente Al Gore tentou construir a sustentação para o documento debatendo o texto com H. Ross Perot no programa de televisão “Larry King Live”. Perot era um crítico declarado da NAFTA durante sua campanha presidencial de 1992, reivindicando que sua aprovação poderia causar uma onda de trabalhos saindo dos Estados Unidos para o México. Após um intenso debate político e a negociação de diversos lados do acordo, o congresso americano aprovou a NAFTA por 234 votos a 200 (132 Republicanos e 102 Democratas votaram a favor) e o senado americano aprovou por 61 a 38. Algumas oposições persistem até hoje, principalmente direccionadas a cláusulas específicas dentro do acordo. Os Estados Unidos e o Canadá tinham argumentado por anos sobre a decisão dos Estados Unidos de impor uma taxa de 27% sobre as importações de madeira canadense até que o primeiro ministro Stephen Harper se comprometesse com os EUA.

O Canadá tinha arquivado inúmeros movimentos para eliminar as taxas e fazer com que as taxas já colectadas retornassem ao Canadá, e ganhou todos os casos levados anteriormente ao tribunal da NAFTA, o último ocorrido em 18 de Março de 2006. Os Estados Unidos responderam dizendo: “Nós estamos, naturalmente, desapontados com a decisão, mas ela não terá impacto nas ordens de taxa anti-dumping e countervailing” (Neena Moorjani, porta voz do Representante Comercial dos Estados Unidos Rob Portman).

A falha dos EUA em aderir aos termos do tratado gerou um debate político amplamente difundido no Canadá. O debate inclui a imposição de taxas countervailing sobre produtos americanos, e possivelmente o cancelamento de todos ou alguns envios de formas de energia, como por exemplo, gás natural. Sendo tais propostas em geral de "esquerda", nenhum consenso foi alcançado, e pouco foi feito, principalmente pelo governo Liberal anterior ter assumido a postura de apontar as decisões de tribunal ao invés de realizar acções concretas.

Efeitos na Economia

Desde que o NAFTA foi assinado, tem sido difícil analisar os seus efeitos macroeconómicos devido ao grande número de outros factores na economia global. Inúmeros estudos de economia têm geralmente indicado que ao invés de criar um aumento no comércio, o NAFTA causou uma divergência comercial, na qual os membros da NAFTA passam a importar mais uns dos outros em detrimento de outras nações do mundo. Alguns economistas argumentam que a NAFTA aumentou a concentração de renda tanto no México como nos EUA.

Há controvérsias sobre a NAFTA desde que foi primeiramente proposta. Corporações transnacionais tendiam a incentivar a NAFTA na crença de que baixas taxas tarifárias aumentariam os seus lucros. Uniões trabalhistas no Canadá e nos Estados Unidos opuseram-se à NAFTA por medo de que os empregos saíssem do país devido a menores custos de mão-de-obra no México.

Fazendeiros no México opuseram-se, e ainda se opõem, à NAFTA devido aos fortes subsídios de agricultura para os fazendeiros nos Estados Unidos que têm pressionado os preços da agricultura Mexicana. Os salários por lá tiveram uma redução de até 20% em alguns sectores. A aprovação da NAFTA foi rapidamente seguida de revoltas entre os revolucionários Zapatistas, e a tensão entre eles e o governo Mexicano permanece um grande problema. Além disso, a NAFTA foi acompanhada de uma redução dramática da influência das Uniões trabalhistas nas áreas urbanas do México.

A NAFTA também foi acompanhada por um aumento dramático de imigração ilegal do México para os Estados Unidos; sendo muitas dessas pessoas, presumivelmente, fazendeiros expulsos de suas terras por falência.

Oposições à NAFTA também advêm de questões ambientais, justiça social, e outras organizações que acreditam que a NAFTA causa impactos não - económicos negativos na saúde pública, meio - ambiente entre outros.

Países Membros

domingo, março 25, 2007

06 SEMANA DA COMUNICAÇÃO

6º ENCONTRO DE COMUNICAÇÃO DA ESTA: COMEÇA JÁ NA 2ª FEIRA

Programa: 26, 27, 28 e 29 de MARÇO de 2007

"O PODER DA COMUNICAÇÃO"

Dia 26

10h30 - Abertura Oficial - Actuação da ESTA Tuna
11h00 - Grande Painel de Abertura – O Poder da Comunicação – RTP N,
José Alberto Lemos – Director da RTPNModerador: Sónia Pereira
15h00 – A Comunicação do Séc. XXI
Abordagem Empresarial: Rebranding do jornal Público
Dr. João Porto, Administrador do Grupo Abordagem Jornalística: Público, Visão e Rádio Renascença
Dulce Neto, Editora Público Patrícia Fonseca, jornalista Visão Raquel Abecassis, Directora-Adjunta da Rádio RenascençaModerador: Hélder Antunes e João Lobato

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Dia 27

10h00 - Marketing Estratégico dos líderes mundiais das Comunicações Móveis
Pedro Reis, Director de Marketing da MotorolaModerador: Laetitia Fernandes

11h00 – Gestão de marcas e Patrocínios
Convidado por confirmarModerador: Cátia Pereira

12h00 - Os novos desafios do jornalismo tradicional
Paulo Rêgo, Sub-Director da Agência Lusa Paulo Martins, Editor do Jornal de Notícias Moderador: Rita Pimentel e Inês Santos

Almoço

15h00 - As marcas desportivas
Ana Dora Fidalgo, Directora de Relações Públicas do Sport Algés e Dafundo e Gestora de Imagem do judoca Nuno DelgadoModerador: Laetitia Fernandes

16h00 - O Jornalismo Desportivo na construção da Imagem dos Clubes e Atletas
Mário Fernando, Coordenador do Desporto da TSF António Magalhães, Director-Adjunto do Record Moderador: Tiago Godinho e Bruno Ramalho

17h00 – Empreendedorismo em Portugal
Francisco Banha, Presidente da GesBanhaModerador: Catarina Lopes

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Dia 28

10h00 – Apresentação de trabalhos realizados pelos alunos
Swatch Sorriso Hotel Golden Resort Jornais GratuitosAlmoço

15h00 – A Comunicação na Saúde
Jorge Azevedo, Director-Geral da Media HealthModerador: Fátima Santos

18h00 - Semanários portugueses: Concorrência ou Diferenciação
José António Saraiva, Director do SolModerador: Lia Gomes

21h30 – Gala - COMIC AWARDS – O espectáculo da Comunicação

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Dia 29

11h00 – O poder da informação económica em Portugal
Celso Filipe, Editor do Jornal de Negócios Sílvia Oliveira, Redactora Principal do Diário Económico Luís Villalobos, Editor do Público Moderadores: Jefferson Gomes e Sandra Fernandes

Almoço

15h00 - O novo conceito de Comunicação dos espaços comerciais
Rui Pereira, Director de Marketing e Publicidade da FNAC Moderador: Patrícia Domingues

18h00 – Encerramento e Porto de Honra

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WORKSHOPS

Dia 26 de Março

14h30 - Como estruturar uma apresentação/Como apresentar um trabalho em público
Dr Francisco Mendes (Dynargie)

15h30 - Construção e Inquéritos e análise de dados: Drª Isabel Pitacas

17h00 - Competências de empregabilidade e técnicas de procura de emprego: Drª Renata Almeida (UNIVA)

Dia 27 de Março

14h30 - Tradução e Adaptação de Conteúdos na área das tecnologias: Eng. João Ruivo (HCR - Informática e Traduções Lda)

16h30 - Prática e Linguagem Empresarial: Dr Sílvio Batista (Avanço Publicidade)

Dia 28 de Março

14h30 - Como gerir uma carreira: Dr Rui Magno (Associação Empresarial de Portugal)

16h30 - Protocolo e Organização de Eventos: Drª Susana Casanova (Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo)

Dia 29 de Março

16h00 - Estudos e Comportamentos do Consumidor: Dr Costa Pereira e Dr Jorge Verissimo

15h30 - Prática e Linguagem Empresarial: Dr Sílvio Batista (Avanço Publicidade)

Uma boa semana para todos. Desfrutem do nosso esforço,
Comissão Organizadora,
Tiago Lopes

segunda-feira, março 19, 2007

Avisos e Manifesto de Feorn... Porque eu indigno-me!

Terça feira e Quarta feira não havaerá aulas para os alunos do 3º ano de Comunicação Social da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, em virtude da dispensa pedida pela Associação de Estudantes da referida instituição, para celebrar os dias do estudante. Aproveitem para se divertirem, mas nao se esqueçam dos trabalhos e de que vem aí a 06 Semana da Comunicação.
O Representante de turma,
Tiago Lopes
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Aqui está uma que eu nao esperava, desta triste República. Mudar o nome do ALGARVE para ALLGARVE é no minimo absurdo... Fiquei quase sem palavras, mas com a ajuda da minha amiga Mariana Luz consegui arranjar as minhas ideias. Aqui fica o Manifesto de Feorn, escrito a 1 de Feorn (mês do calendário lunar druida).
O Manifesto de Feorn irá ser publicado no jornal regional "Primeira Linha" e está disponível tambem em http://ofidalgo.blogspot.com
MANIFESTO DE FEORN

O Património está em sufoco. Agoniza, como um condenado no corredor da morte, esperando que a electricidade volte para que a cadeira funcione. O Património agoniza, esperando segundo a segundo a descarga final, que lhe alivie o sofrimento. Ensanguentado pelos golpes que sofreu ano após ano; tem lambido em esforço as suas feridas, mas há golpes irrecuperáveis.

O Património pede a eutanásia. Destruam-no já, não o obriguem a assistir ao seu desmembramento. Não é a venda de órgãos ilegal? O Património não peregrina, porque ele e peregrinação; não viaja, porque ele é viagem; não se queixa, porque ele é linguagem. Mas eu não sou património… Eu queixo-me em histeria!

NÃO! Não aceito que se venda ao desbarato, o que mais de 800 anos de suor, sangue e lágrimas, muitas lágrimas, ajudaram a tornar português!

NÃO! Não aceito que se destruam nomes, em prol de cifrões de estrangeira terra. O que vamos fazer se os Iraquianos gostarem de Amarante? E se os romenos se apaixonarem pelo turismo na Serra de Sintra? Vamos deixar a Rússia fazer uma OPA à nossa linda Guimarães?

NÃO! Não me resigno, aplaudindo em vazio uma idiotice! Porque, senhores, senhoras e demais pessoas, é disso que estamos a tratar. Parvoíces! Por acaso Lloret del Mar mudou o nome, apesar da afluência portuguesa? Não me parece… Porque temos que ser pioneiro em tudo o que é estupidez? Porque temos que mostrar sempre o lado patético de viver na Europa?

NÃO! Não calo meu protesto. Digam que é insanidade, que de nada valerá escrever, porque a decisão seguirá em frente, que a condenação do Património é inadiável, que eu fingirei temporária surdez. Eu não entrego a minha alma patrimonial a um qualquer negócio infernal…
NÃO!
NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! Não é tão belo o número sete, porque queremos o oito quando o sete é a nossa herança? Inovação sempre; furacão nunca. Queremos ser modernos, pois sejamos… Mas não criemos o apocalipse patrimonial, por um interesse (supostamente nacional!)…

NÃO!

Tiago Lopes e Mariana Luz

sexta-feira, março 16, 2007

Fotojornalismo - Suportes Digitais versus Suportes Artesanais

Mais alguns apontamentos de Fotojornalismo, que o Dr. José Soudo disponibilizou. Convem estudar atempadamente, para melhor perceber as aulas de Fotojornalismo. Tenham um bom fim-de-semana.
O Representante de turma,
Tiago Lopes
Suportes digitais versus suportes artesanais

O futuro já chegou.
O futuro já nos entrou pela casa dentro.
O futuro já nos chegou e entrou pelas câmaras fotográficas.
Os suportes com sais de prata estão a ser substituídos pelos suportes digitais, e já começaram a ser rotina no nosso quotidiano.
O futuro de há 15 anos já é presente agora.
Já não podemos fazer como a avestruz e ignorar que estamos mesmo em período de adaptação e reconversão às novas tecnologias aplicadas ao século XXI.

Os sistemas de suporte digital para fotografia ainda hão de fazer correr muita tinta de tinta, ou de cartucho de impressora, assim como hão-de provocar muita opinião contraditória e por vezes demagógica, até se concluir da sua qualidade efectiva.
Estamos, estaremos, à procura dos melhores caminhos e da melhor qualidade, assim como das melhores e mais adequadas respostas destes novos processos, o que é natural e próprio do Homem.
No entanto, com toda a modéstia vos digo que só poderemos entender o futuro da fotografia em suporte digital, se fizermos alguma reflexão sobre a evolução dos suportes fotográficos que os avós utilizaram no século XIX ou provavelmente em períodos anteriores.

Tudo isto volta a relacionar-se com a hipótese especulada de Leornado da Vinci ter utilizado uma emulsão “fotográfica” feita artesanalmente e de que os dei conta no texto anterior.
Apliquei-a e resultou.
No entanto, quero manter a reflexão num passado credível e reconhecido como tal, ou seja nos primeiros anos de actividade fotográfica no século XIX.
Dos múltiplos processos artesanaís elaborados pelos avós poderíamos destacar alguns dos mais conhecidos como a heliografia, a daguerreotipia, a calotipia, inicialmente ligados ao mistério e fascínio de nomes e de pessoas como Niépce, Daguerre ou Fox Talbot.

A propósito deste ultimo, que está mais próximo de nós, pela aplicação de um tipo de registo que originava matrizes em negativo, posteriormente invertidas para positivo por contacto directo,vem-me à memória não ele, mas alguém, que com ele trabalhou nas primeiras investigações dos processos químicos da fotografia:
John Herschel (1792/1871)
Sir John Herschel que nos deixou entre tantas coisas e processos, um conhecimento tão útil como o de estabilizarmos as imagens produzidas em prata, através do hipossulfito de sódio, vulgarmente conhecido por fixador, que ainda hoje utilizamos na química fotográfica.
Sir John Herschel que logo nestes primeiros anos da fotografia, e estamos a falar dos anos 1840’s, nos deixou também um processo alternativo à prata, produzido com materiais ferrosos, conhecido por Cianotipia e de resultados fascinantes.
Vamos experimentá-lo.
Com os cuidados devidos à utilização de produtos que são tóxicos.
Preparemos em separado:
A - 50 gramas de Ferricianeto de Potássio diluídos em 250 ml de água.
B - 90 gramas de Citrato Férrico de Amónio diluídos em 250 ml de água.
Na hora de iniciarmos o processo, juntam-se em partes iguais, A e B (p. ex. 50 ml de A com 50 ml de B).
Não podemos esquecer que estamos a preparar uma emulsão sensível à luz, por isso teremos que trabalhar em local obscuro.
Com um pincel espatulado espalhemos a emulsão sobre um bom papel de aguarela.
Quando o resultado estiver seco, coloca-se uma matriz em negativo sobre o papel sensibilizado, comprime-se bem com um vidro e leva-se à luz solar durante cerca de 30 a 45 minutos.
Se tudo correu bem, depois de se retirar a matriz, lava-se com água corrente e iremos com certeza deslumbrarmo-nos em tons de azul ou de ciano.
Continuemos então, com a reflexão sobre o que ainda não sabemos responder, em relação às possíveis evoluções dos sistemas digitais em fotografia. Vale a pena pensarmos na evolução dos múltiplos processos fotográficos, que surgiram e desapareceram durante as primeiras décadas do século XIX.
Todos foram óptimos nos resultados e qualidades.
Todos foram mais ou menos difíceis ou mais ou menos fáceis de execução.
Tudo depende do ponto de vista.

Na prática, todos foram recuperados e utilizados por artista e fotógrafos contemporâneos, em virtude das suas potencialidades plásticas e estéticas.
Vejamos dois ou três casos paradigmáticos.
Fotógrafos e designers, como Alexandre Rodchenko (1891-1956) ou El Lissitzky(1890 - 1941), construtivistas da Escola Soviética, artistas com A de Artista muito grande, usaram e aplicaram o processo da cianotipia, do qual vos dei a formula mais elementar de utilização, no texto anterior.

O surrealista Man Ray (1890 - 1976), também usou e abusou, entre tantos outros.
A procissão no entanto ainda agora vai no adro, pois também nós nos podemos deslumbrar noutros tons, a partir da cianotipia.
Nada mais simples do que após a lavagem adicionarmos um pouco de água oxigenada, da mesma que se utiliza para falsificar loiras.
Se acharem que em azul forte não agrada, ainda se pode continuar o processo.
Branqueemos o resultado em carbonato de sódio (10 gr para 1 l de água). Após o desaparecimento quase total da imagem há que transferi-la para uma solução de ácido tânico (90 gr para 1 l de água).
No resultado final, a cianotipia vai aparecer-nos em tons de preto e branco purpúreo.

Como observação, convém não esquecermos as lavagens entre químicos e no final.
E os outros suportes fotossensíveis, e respectivos processos químicos e os seus autores?
Como curiosidade aqui seguem alguns dos processos fotográficos artesanais dos primeiros anos de século XIX e não só, respectivos inventores e datas mais comuns de utilização :
Heliografia – Joseph Nicéphore Niépce – Francês (1816 - 1840)
Calotipia – William Henri Fox Talbot – Inglês (1840 - 1860)
Papel Salgado – William Henri Fox Talbot – Inglês (1841 - 1855)
Daguerreotipia – Jacques Mandés Daguerre – Francês (1835 - 1860)
Positivo Directo – Hippollyte Bayard – Francês (1839 - 1848)
Colódio Húmido – Frederick Scott Archer – Inglês (1851 - 1880)
Ambrotipia – Frederick Scott Archer - Inglês (1853 - 1870)
Ferrotipia – Adolph Alexandre Martin – Francês (1856 - 1887)
Goma Bicromatada – John Pouncy – Inglês (1858 – 1940)
Albumina – Desiré Blanquart Evrard – Francês (1850 - 1895 - 1920)
Impressão a Carvão – Louis Alphonse Poitevin – Francês (1860 - 1940)
Platinotipia – William Willis – Inglês (1873 - 1930)
Aristotipia com colódio–G. Wharton Simpson–Inglês (1885 - 1930)
Aristotipia com citrato e gelatina – Abney e Liesegang (1885 - 1940)
Halogenetos de prata em emulsão gelatinosa – Richard Leach Maddox – Inglês (1871 - até agora)
Autocromia – Auguste e Louis Lumiére – Franceses (1895 - 1915) etc. etc. etc.
E com estes etc.’s todos vos deixo, não sem antes lembrar, que não esgotámos, nem de longe nem de perto, todos os processos fotográficos utilizados no século XIX, provavelmente à semelhança do que irá acontecer com os sistemas digitais no século XXI.
José Soudo

Fotojornalismo - Leonardo Da Vinci e Bayard

Aqui estão mais alguns apontamentos disponibilizados pelo Dr. José Soudo, regente da cadeira de Fotojornalismo, que nos tem propiciado momentos muito interessantes na descoberta do fascinante mundo da fotografia. Estes apontamentos, mais os da História da Fotografia (previamente publicado) mais uns que publicarei em breve são o guia de estudo.
Está feito o aviso,
O Representante de turma,
Tiago Lopes
Leonardo Da Vinci e a Fotografia

Nos tempos actuais que se pretendem da cibernáutica, não temos duvidas em associar a actividade fotográfica, aos primeiros anos de século XIX, e a nomes de pioneiros como Joseph-Nicéphore Niépce ou Fox Talbot ou Daguerre ou Hyppolyte Bayard, entre tantos outros provavelmente menos conhecidos.
No entanto, raramente associamos a fotografia, ao quarto escuro de desenhar, utilizado, por exemplo, por Leonardo da Vinci, nos últimos anos do século XV, ou seja, ao conceito da Camera Obscura.

Da Vinci descreveu, no Codex Atlanticus, o princípio físico que lhe está associado:
“Quando as imagens dos objectos iluminados penetram num compartimento escuro, através de um pequeno orifício e se recebem sobre um papel branco situado a uma certa distância desse orifício, vêem-se, no papel, os objectos invertidos com as suas formas e cores próprias.”
O compartimento mencionado recebeu o nome de Camera Obscura, isto é, quarto escuro ou casa escura em latim.
(in : “Historia da Fotografia” de Rómulo de Carvalho -ed. Atlântida- Coimbra-1960).

Mais ainda, há fortes indícios que levam os investigadores ingleses, Lynn Picknett e Clive Prince, assim como a italiana Maria Consolata Corti, a especularem sobre a hipótese de da Vinci, ter sido capaz de produzir material fotossensível, fazendo uma mistura de clara de ovo com saís de amónio com sumo de limão e com urina – todos estes materiais, muito comuns no trabalho dos pintores Renascentistas – e com essa emulsão barrada numa tela colocada na parte posterior do quarto escuro de desenhar, ter tido uma intervenção directa na execução, daquilo que é “o mais importante objecto religioso, artístico e científico de sempre” - O Santo Sudário. (in : Expresso – Revista de 29/8/1998)
Se assim foi, há muito para rever e repensar nestes tempos preparatórios do 3º milénio.
Bayard o afogado/ Bayard o ignorado

De novo às voltas com as questões dos suportes digitais e os seus caminhos evolutivos para o futuro, relembro uma pequena história política, que poderia ter dado consequências diferentes no evoluir da fotografia, só que não deu.

Esta história do século XIX é duma época em que tudo era novidade e experimentação. Como agora. O físico Arago, deu mais ouvidos e importância ao processo fotográfico de Daguerre e ignorou quase por completo, o projecto que lhe foi apresentado por Bayard. Razões políticas, morais, afectivas e outras, motivaram Arago nas suas decisões.
A propósito, o Bayard de que vos falo, nada tem a ver com o das pastilhas para a tosse ou para a constipação. Este é outro. Talvez mais discreto. Empenhado noutro tipo de actividades, capaz de inventar um processo fotográfico ultra rápido para a época e com possibilidade de produzir positivos directos após a processamento químico. Uma espécie de Polaroid do século XIX.
Quando Arago tomou a decisão de só apresentar na Academia de Ciências de Paris o processo de Daguerre, estava longe de imaginar que ia ser responsável pela execução da primeira imagem fotográfica encenada da história contemporânea marcando definitivamente o sentido da evolução da actividade fotográfica.
Bayard reagiu com desgosto ao reconhecimento público pelo Estado Francês em relação à nova arte de desenhar designada por daguerreotipia.
“Desenho obtido pela luz ou processo segundo o qual os objectos por sí mesmo se desenharão sem socorro do lapíz” (in Revista Litterária, Porto, 1839)
Este reconhecimento aconteceu após a célebre assembleia da Academia de Ciências e de Belas-Artes em Paris a 19 de Agosto de 1839.
Bayard em 18 de Outubro de 1840, encenou a sua morte por afogamento, executou um auto-retrato e acompanhou-o do seguinte texto :
“O corpo do cavalheiro pertence ao Sr. Bayard, inventor deste maravilhoso processo que está a ver. Tanto quanto se sabe, este infatigável pesquisador, demorou três anos em investigações.
Embora ele considere os seus desenhos imperfeitos, quer a Academia, quer o Rei, assim como todos os outros que os viram, ficaram profundamente admirados, o que muito o honrou.No entanto, o governo tudo deu ao Sr. Daguerre e afirmou que nada poderia dar ao Sr. Bayard. Por esse motivo o pobre afogou-se.”

Em abono da verdade se diga que Bayard não se afogou, apenas simulou a sua morte como manifesto político. Daguerre em contra partida ficou com uma pensão vitalícia e viveu à grande e à francesa, o que não é de espantar pois o mesmo residia em Paris.
Quanto a Bayard, converteu-se à daguerreotipia.
Vissicitudes do destino.

quarta-feira, março 14, 2007

Processo de Bolonha e alguns avisos

Avisam-se todos os alunos do 3º ano de Comunicação Social, da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes que no dia 22 de Março pelas 16 horas, durante a aula de Atelier de Comunicação I, ministrada pela Dr.ª Hália Santos, a Directora do Departamento de Comunicação Social, Dr.ª Maria Romana, irá proceder à explicação dos modelos de transição dos alunos, que estejam a frequentar o 3º ano do plano antigo, para o plano de estudos enquadrado no processo de Bolonha aprovado pelo Ministério da Ciencia, Tecnologia e Ensino Superior. Pede-se a todos que compareçam, de forma a poderem esclarecer todas as duvidas que tenham!
Aproveito para informar que no dia 15 de Março não haverá aula de Relações Internacionais, ministrada pela Dr.ª Inês Câmara. A marcação de reposição será comunicada em tempo útil a todos os interessados.
Mais se informa que no dia 16 de Março não haverá aula de Seminários, ministrada pela Dr.ª Raquel Botelho. Relembro que na próxima segunda feira, dia 19 de Março, a aula de Tecnologia da Comunicação II será reposta das 11h às 13h, em sala a confirmar.
Avisa-se igualmente que a sebenta de Atelier de Comunicação I, módulo de Língua Portuguesa, ministrada pela Dr.ª Sandra Barata, estará disponível amanha e deverá ser levada para a aula da próxima segunda-feira, dia 19 de Março.
O Representante de turma,
Tiago Lopes

segunda-feira, março 12, 2007

IMPORTANTE!!!!!!!!!!!

3º Ano de Comunicação Social eu sei que é tarde, mas ficam a saber que o dia 12 de Março irá ser um dia diferente, das habituais terças-feiras. Vejamos então:

A aula de Relações Internacionais, ministrada pela Dr.ª Fátima Pedro, habitualmente das 9h30 às 11h na Sala 3 irá decorrer normalmente (especial atenção dada aos trabalhos a desenvolver no âmbito da cadeira).

A aula de Tecnologia da Comunicação Social II, ministrada pela Dr.ª Raquel Botelho, habitualmente das 11h às 13h no Atelier de Imprensa, não irá decorrer.
A aula de História das Instituições, ministrada pelo Dr. Manuel Monteiro, habitualmente das 14h30 às 16h30 no Auditório da ESTA, também não irá decorrer, por motivos de força maior.
A aula de Direito da Comunicação Social, ministrada pelo Dr. Jorge Ferreira, habitualmente das 16h30 às 19h30 no Auditório da ESTA, também não irá decorrer. A leitura do jornal "Público" para efeitos de avaliação prosseguirá por mais uma semana; bem como as responsabilidades das alunas Ângela Filipe e Ana Luísa, responsáveis por parte da manutenção do blogue "Comunicar a Direito".
Aproveitem os tempos livres para avançar nos trabalhos que são muitos!
Tenham uma boa semana,
O Representante de turma,
Tiago Lopes

domingo, março 11, 2007

Fotojornalismo

Aqui estão os primeiros apontamentos de Fotojornalismo, disponibilizados pelo Dr. José Soudo. Eu irei colocar mais apontamentos nos próximos dias. Bom trabalho para todos!
O Representante de turma,
Tiago Lopes

SÍNTESE DE CONTEÚDOS

JOSÉ SOUDO

HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

Dos muitos pressupostos que poderiam justificar os objectivos e os conteúdos deste módulo dentro da disciplina de fotojornalismo, apenas destaco uma afirmação de Walter Benjamin, contida na sua “Pequena História da Fotografia” (ed.: Relógio d’Água – 1992), que nos diz o seguinte:
“ O analfabeto do futuro será, não o incapaz de escrever, mas o incapaz de fotografar. Mas não terá de ser considerado pouco mais do que analfabeto, o fotógrafo que não sabe ler as suas próprias fotografias?”.
Esta afirmação tão sofrida quanto polémica, poderia ter sido proferida hoje. No entanto não o foi. Pertence às múltiplas análises e reflexões que o filósofo escreveu há cerca de oitenta anos.
Com a aparente vulgarização que a fotografia tem nos nossos quotidianos, cruzando-se transversalmente com todas ou quase todas as nossas actividades, nada mais actual e oportuno, para nos fazer pensar e reflectir sobre como escrever e ler imagens fotográficas.

Objectivos:

Perspectivar o futuro. Olhar o presente. Analisar o passado.

Pretende-se a construção de um quadro de referências culturais, políticas e históricas que permitam ao formando melhorar a sua capacidade de:

-ver e ler fotografias;
-ver, ler e identificar fotógrafos;
-compreender e reflectir sobre os momentos mais significativos e relevantes da História da Fotografia no mundo e em Portugal, nos séculos XIX e XX;

PLANO DE ESTUDOS:

O plano de estudos proposto, pretende duma forma analítica e reflexiva, criar um quadro referencial para a fotografia contemporânea, as suas múltiplas correntes, contradições e ambiguidades, fazendo-o a partir dum enquadramento e entendimento da fotografia ao longo dos séculos XIX e XX.
Como motivo para a reflexão far-se-á “Um passeio pelo álbum de família”, uma análise crítica de “Fotografia(s) com História(s)”, e um percurso analítico, “Dos pioneiros até à fotografia actual”.

Algumas datas de referência
Sec V ac. Mo Ti na China, refere o principio físico da câmara escura
Sec. IV ac. Aristóteles referencia na Problemática, o princípio físico da câmara escura
Sec. IV ac. Platão escreve o tratado filosófico « Alegoria da Caverna »
Século X Ibn Hassan Ibn referencia o princípio da câmara escura para observações astronómicas
1058 o cientista Alhazen utiliza o princípio da câmara escura para observar um eclipse solar
1435 Leon Battista Alberti utiliza o princípio da câmara escura para desenhar
1450 Dürer utiliza o princípio da câmara escura para desenhar rostos
1480 Leonardo da Vinci referencia no Codex Atlanticus o princípio físico da Camera Obscura
1558 Giambattista Porta adapta uma lente à camera obscura e chama-lhe câmara óptica
1727 Schultz confirma laboratorialmente a reacção dos sais de prata perante a luz
1777 Scheele confirma que o nitrato de prata é mais reactivo às radiações azul e UV
1780 Weedgewood executa “desenhos” sobre papel sensibilizado com nitrato de prata (desenhos não estáveis)
1816/1826 Nicéphore Niépce executa heliografias sobre chapas de cobre polido e sensibilizado com betume de Judeia
1836/40’s Jacques Mandé Daguerre, diorama e daguerreotipia
1830’s/1840’s Fox Talbot, desenho fotogénico, “The pencil of nature”, papel salgado, calotipia
1835/40’s Hypollite Bayard, positivo directo
1839 Oficialização do processo de Daguerre na Academia de Ciências e no Parlamento de Paris
1847 Niépce de Saint Victor, negativo em albumina
1850 Blanquard-Évrard, impressão em albumina
1851 Scott Archer, colódio húmido
1851 ambrótipos
1855 ferrótipos
1859 Disdéri, “cartes de visite”
1864 Walter B. Woodburry, Woodburrytipia (fotografia instantânea)
1864 Swan, impressão em carvão
1871 Maddox, chapas secas de gelatina/brometo
1879 Willis, platinotipia
1883 Vogel, descoberta da sensibilização cromática dos sais de prata
1889 Eastman, película plástica em rolo (Kodak)
1912 revelação cromogénea
1935 Kodachrome
1948 Land, polaroid

Conteúdos Programáticos

1. Sobre as interacções da fotografia para fins científicos com a fotografia de prestação de serviços ou profissional e a fotografia de “amador”; Fotografia e Arte; Estética da Fotografia ou estéticas nas fotografias?

FOTOGRAFIA
documento – objecto – arte - de amador – científica – etc.
(EROS/TANATHOS «- VIVER -» NASCER/MORRER)

Visualização e análise de imagens de autores contemporâneos:

1980 - Gottfried Jagger(Alemanha) - instalações
1988 - David Modell(Inglaterra) - foto-documental
1988 - James Wedge(Estados Unidos) - publicidade-moda
1990 - Peter Lindbergh(Inglaterra) - moda
1970-80-90 - Cindy Sherman(Estados Unidos) - filósofa das imagens(refª:Peter Greenway)
1980 - Mary Ellen Mark(Estados Unidos) - Magnum
1950-60-70-80-90 - Elliot Erwitt(Estados Unidos) - Magnum (refª:projecto M.I.L.K.)
1920-30-40 - Martin Munkacsi(Hungria) - moda
1930-40-50-60-70-80 - Ansel Adams(Estados Unidos) - Grupo f/64
1930-40 - Maurice Tabard(França) - moda/surrealista
1980 - Gottfried Hellnwein(Austria) - artista plástico
1980-90 - Philipo Lorca-Di Corcia(Estados Unidos) - artista plástico
1980-90 - Joel-Peter Witkin(Estados Unidos) - conceptual (católico militante)
1920-30 - Bauhaus(Alemanha) - escola em construção
1930 - Gerhard Riebicke(Alemanha) - ref. H. Listz,Hoffman,L.Riefenstahl
1990 - Diana Block(Estados Unidos) - moda
1990 - Christian Vogt(Suiça) - moda
1980-90 - Jan Saudek(Checoslováquia) - encenações “eróticas”
1980-90 - Ron Michiko(Japão) - moda
1980 - Sebastião Salgado(Brasil) - Magnum

2. Será que há uma pré-história da Fotografia?

Dos séculos XV/XVI de Leonardo da Vinci, à Comuna de Paris nos anos 70 do séc.: XIX, ou como dum tubérculo cortado na pré-história, se chega à fotografia, através da gravura, do desenho, da pintura ou da tipografia de Götemberg.

2-1.Visualização/contextualização de imagens de autores diversos do séc.XIX:

A modernidade do séc.XIX,
Arte fotográfica,
Realismo,
Etnografia,
Documentalismo,
O corpo,
Movimento e cinema,
O direito à imagem e a democratização do retrato,
A fotografia democratizada,
As múltiplas convulsões sociais e as suas implicações na actividade fotográfica,
As guerras do séc.XIX na fotografia: Crimeia e Guerra Civil na América,
A fotografia como arma política,
Arte fotográfica vs realismo social (etnografia),
Fotografia antropométrica e judicial.

-Os anos 10’s/20’s/30’s do séc.XIX e os pioneiros
-Os anos 30’s/40’s e os processos pré-fotográficos como uma nova arte de desenhar
-Os anos 50’s do séc. XIX e os primeiros ensaios da fotografia como objecto documental e de “report”
As guerras fotográficas do séc.XIX:
- Crimeia e Roger Fenton
- Guerra Civil Americana
-Os anos 60’s/70’s e a democratização do retrato
-A Comuna de Paris (70’s) e a democratização plena do direito ao retrato
-“Les Cartes de Visite” e Disderi (60’s)
-A estereoscopia
-John Thompson e a fotografia etnográfica e o realismo social
-A Fotografia pré-moderna
-A arte fotográfica a as suas diversas correntes
-Os estúdios de fotografia vs fotografia de amador
-Os retratistas: Nadar, Etienne Carjat, Tourtin, Napoleon Sarony
-Os anos 80’s e a fotografia “moderna” e actual
-Fotografia Documental/Fotografia de forte incidência social
-A arte fotográfica e os modernistas
-Os 90’s e o surgimento da companhia G.Eastman-Kodak
-O direito pleno à fotografia
-O cinema e a fotografia do movimento
-Stieglitz e o Foto-Galerismo.
-Lewis Hine, a exploração do trabalho infantil a as cruzadas sociais
-A fotografia e a arte/arte fotográfica
-Paisagistas
-Nú
-Realismo social

séc.: XVII - esquadria - refª: Peter Greenway ”O Contrato”
Séc: XVIII - silhueta
Séc.: XV-XVI-XVII-XVIII - CAMERA OBSCURA
1836 - Daguerre (França)
1834 - Fox Talbot (Inglaterra) - papel salgado/desenhos fotogénicos
1836 - Hypollite Bayard(França) - positivo directo em papel
1840 - David Octavius Hill e Robert Adamson (Inglaterra) - desenhistas/refª: Frederick Flower
1840-50 - Maxime du Camp(França) - paisagista/itinerância
1840-50 - Francis Frith(Inglaterra) - paisagista/itinerância
1840-50 - Charles Négre(França) - retratista/impressionista
1850-50 - Eugéne Durieu(França) - estudos de nú/academismo
1850-60 - Lewis Carroll; Julia Margaret Cameron(Inglaterra); Oscar Rejländer (Suécia)- arte fotográfica
1850-60 - Disderi(França) “cartes de visite”
refª:Carlos Relvas
1860-70 - Nadar(França) - “Comuna de Paris”
1855-60 - Roger Fenton(Inglaterra) - guerra da Crimeia
1860-70 - Alexander Gardner; Mathew Brady; Timothy O’ Sullivam (Estados Unidos) - guerra civil americana ou guerra Norte/Sul
1860-70 - John Thompson(Inglaterra) - etno/realismo social
1870-80 - Ettienne Carjat(França) - retratista
1880-90 - Ernst Höltzer(Alemanha) - etnógrafo
1880-90 - Jacob Riis(Estados Unidos) - “How the other half lives”
1880 - Deen Dayal(Indía) - realismo social
1890 - Frederick Fargo(Estados Unidos) - George Eastman/Kodak
1890-1900-1910 - Lewis Hine (Estados Unidos) - modernista/exploração do trabalho infantil

3. A fotografia no séc. XX, do virar do século até à actualidade através da análise do trabalho de alguns dos fotógrafos mais representativos de cada década, “escolas”, correntes estéticas e de comportamento, grupos organizados, agências de imagem, revistas, etc., etc..

Da objectividade à subjectividade,
Revoluções e convulsões sociais,
“Straigth photography/Photo League”/FSA,
Os modernistas, os surrealistas e os outros “istas”,
Alguns alemães na fotografia,
Os soviéticos na fotografia,
A revista Life e a guerra civil em Espanha(30’s),
A 2ª Grande Guerra e a fotografia humanista,
A agência Magnum,

O que foram os anos 60´s:
. Maio de 68 em Paris
. Guerra do Vietname
. Movimento Hippie
. Primavera de Praga
. revolta na Hungria
. Guerra Fria
. etc.,etc.,
Edward Steichen e o projecto “The Family of Man”, (referenciar Elliott Erwitt – 1999 e o projecto Milk)
A Arte Fotográfica e a Fotografia de Arte ou como “com papas e bolos se enganam os tolos”.
Depois da II Grande Guerra (1939/45) a evolução da fotografia:
-Fotografia Humanista
-Fotografia Subjectiva
As novas crises:
-Vietname (52)/63
-Maio de 68
-Da morte da Primavera de Praga – (68) até à queda do Muro de Berlim (89).
As crises mais actuais:Chile;Argentina;Koweit/Iraque;Irão/Iraque; Bósnia(Jugoslávia); Irlanda do Norte;Tchetchénia;Africa; Israel/Palestina; EUA/Afganistão; EUA/Iraque.
E o futuro? Logo se vê!


3-1.A modernidade do século XX(de 1900 até à II GG):

1900/10’s/20’s30’s... - Eugéne Atget(França) - Papa do surrealismo(?)

1890’s/1900’s/10’s/20’s/30’s... - Jacques-Henri Lartigue(França) - moderno e surrealista

1920’s/30’s/40’s... - Man Ray(Estados Unidos) - surrealista

1920’s/30’s...
Rodchenko(Russia) - construtivista/fotografia dinâmica
Augusto Sander(Alemanha) - objectividade/”Pessoas do Séc.XX

1930’s/40’s...
Walker Evans (Estados Unidos) - Liga Fotográfica /”Straight Photography”/ Farm Security Administration(FSA)
Dorothea Lange(Estados Unidos)

1930’s/40’s/50’s/60’s...
David Seymour-Chim(Polónia/Estados Unidos) - fundador Magunm
Ansel Adams(Amer) - grupo f/64
Weegee-Arthur Feelig - (Russia/Estados Unidos) - free-lancer
Brassai(Hungria) - surrealista (refª “Henri e June”)

3-2. A segunda metade do séc XX:

1920’s/30’s/40’s/50’s/60’s/70’s/80’s/90’s
Henri-Cartier Bresson(França) - Magnum-fundador

1930’s/40’s/50’s
Robert Capa(Hungria) - Magnum-fundador - repórter de guerra

1940’s/50’s/60’s/70’s
Dimitri Baltermans(Russia) - repórter de guerra
W.Eugene Smith(Estados Unidos) - Life/Magnum/fotografia humanista
Ernst Haas(Austria) - Magnum/fotografia subjectiva

1940’s/50’s - Werner Bischof(Suiça) - Magnum/fotografia humanista

1960’s/70’s/80’s/90’s - fotografia humanista
Josef Koudelka (Checoslováquia)
Eve Arnold(Estados Unidos) - Magnum

1950’s/60’s/70’s/80’s/90’s - fotografia subjectiva
Robert Frank(Suiça/Estados Unidos da América)
William Klein(Estados Unidos)
Diane Arbus(Estados Unidos)

1940’s/50’s/60’s/70’s/80’s/90’s
Robert Doisneau(França) - fotografia humanista


Para terminar:
Uma homenagem A “Lisboa-Cidade Triste e Alegre”, dos fotógrafos Victor Palla e Costa Martins(Port).

4.A Fotografia portuguesa enquadrada na História

-Dos anos 40’s do séc.XIX ao virar do séc.;
-De 1900 ao Estado Novo;
-A fotografia durante o Fascismo e os salões de Arte Fotográfica;
-Os modernistas, os futuristas, os neo-realistas, os surrealistas e os outros;
-Os anos 50/60 e o Livro “Lisboa, cidade triste e alegre”;
-A fotografia depois do 25 de Abril, instituições e acontecimentos;
( O Ar.Co, A Galeria Ether, as Tertúlias do Porto, o Arquivo Fotográfico da CML, O CPF, entre outros; os Encontros de Coimbra, os Encontros de Imagens em Braga, Bienal de Vila Franca de Xira, outras Bienais, outras Instituições.)

4-1.Alguns autores portugueses actuais

Sérgio Mah – 1994 - Transfigurações
Arlinda Lopes – 1993 - Prémio Hoffman
Susana Diniz – 1993 - Biologia e Arte
Isa Dreyer – 1993 - Matadouro
Ana Lins – 1993 - Ícones religiosos
Lúcia Vasconcelos/Clara Azevedo – 1988 - Termas de Portugal
Paulo Nozolino – 1984 - Kuan
Rui Fonseca – 1986 - Litoral
Daniel Blaufuks – 1992 - O mundo é azul como uma bola
Paulo Esteves – 1993 - Pai
Adriano Miranda – 1994 - Minas do Pejão
Teresa Santos – 1993 - Livros Infantis/Projectos
Inês Gonçalves – 1990 - Moda/Documentalista
Elza Rocha – 1993 - Lisboa Africana
Margarida Dias – 1991 - Naturezas Mortas
Isabel Afonso – 1991 - Sombras
Carlos Gil – 1992 - Nicarágua/Marcha Verde
Jorge Molder – 1992 - “The Secret Agent”
Luis Campos – 1992 - A Morte
Nuno Cera – 1993 - Daqui a 30 anos...Saudade
Referenciar alguns não vistos:
. Eduardo Gageiro
. Gerard Castello-Lopes
. Daniel Rocha
. Dulce Fernandes
. Luisa Ferreira
. Valter Vinagre
. João Mariano
. Luís Pavão
. Augusto Alves da Silva
. José Manuel Rodrigues
. Eurico Lino do Vale
. Álvaro Rosendo
. Adriana Freire
. Mariana Viegas
. João Tabarra
. Mariano Piçarra
. António Júlio Duarte
. Olívia da Silva
. Mika Costa Grande
. Rui Xavier
. Alberto Picco
. José Afonso Furtado
. Vasco Célio
. Fernando Mendes
. Telma Veríssimo
. Miguel Soares
. Susana Paiva
. Mariana Viegas
. Rodrigo Cabral
. João Silveira Ramos
. Henrique Delgado
. Duarte Belo
. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. e

Alguma bibliografia recomendada:

The history of Kodak –Collins
Silver by the ton – A History of Ilford – R.J. Vercock & G.A. Jones
The history of photography – Beumont Newhall
História da Fotografia – Rómulo de Carvalho
A short history of photography – Walter Benjamin
History of photography – Naomi Resemblum
History of photography – John Szarkowski
Photography: History of an art – Jean Luc Duvall
Histoire de la photographie – Jean Luc Lemagny
Nouvelle histoire de la photographie – Jean Luc Lemagny
Histoire mondiale de la photographie – Naomi Rosemblum
Dictionaire Larousse de la photographie
Storia sociale de la photografia – Ando Gilardi
The imaginary Photomuseum – Helmut Gershein
Histoire de voire – Photo Poche
Camera wok – Ed. Taschen
1839/1900 – Ed. Taschen
20th Century photography – Taschen
Icons photos - Taschen
Uma história da fotografia em Portugal – António Sena
História da Imagem Fotográfica em Portugal – António Sena
Time Life Photography (enciclopédia)
150 years of Photojournalism – Hulton Deutch Collection
Camera in conflit – Koneman
A obra de arte na era da sua reprodução mecânica – Walter Benjamin
Conservação de fotografias – Luis Pavão
On photography – Susan Sontag
Photographie & Society – Giselle Freund
Câmara Clara – Roland Barthes
Figuras de espanto – Pedro Frade
A imagem da fotografia – Bernardo Pinto de Andrade
Magnum – 40 anos
Magnumº – Fotografias do séc. XX
Photobook history – Martin Parr
Bystander – a history of street photography – Joel Meyerowitz
Fotografia e narcisismo – Margarida Medeiros
Eu, a fotografia e os outros – Gerard Castello-Lopes
Antologia da fotografia contemporânea portuguesa – Fundação PLMJ

Sugestão de alguns sítios na Net:

www.hystorychannel.com
www.canalhistoria.com
www.photographymuseum.com
www.masters-of-photography.com
www.onlinephotography.com
www.rleggat.com/photohistory
www.magnumphotos.com
www.eyewitness.com
www.reuters.com
www.worldpressphoto.nl
www.rsf.fr
www.cpf.pt
www.1000olhos.pt

quinta-feira, março 08, 2007

História Diplomática Portuguesa

Relembro que dia 12 de Março a turma de História Diplomática Portuguesa irá a Lisboa à Biblioteca Nacional, fazer pesquisa para os trabalhos das referida cadeira. A partida será feita no Turismo (Abrantes) às 8h30! Não se atrasem. Quem não comparecer à visita, sem justificação prévia e aceite pelo docente, terá faltas a todas as cadeiras da segunda feira (Atelier de Comunicação I e Tecnologia da Comunicação II).
Um outro aviso: Aqui estão as datas de apresentação dos trabalhos individuais de História Diplomática Portuguesa, cadeira ministrada pelo Dr. Fernando Larcher.
Dia 12 de Abril - Pedro Nicolau; Telma Lento; José Pinto
Dia 19 de Abril - Vera Inácio; Dayana Delgado; Ana Luísa
Dia 26 de Abril - Ângela Filipe; Diana Rocha; João Oliveira
Dia 3 de Maio - Tiago Lopes; Nelson Ferreira; Vânia Costa
Dia 10 de Maio - João Ademar; Tânia Pissarra;
Dia 17 de Maio - Helena Martins; Ana Antunes; Dina Francisco
O Representante de turma do 3º ano,
Tiago Lopes

ÚLTIMA HORA!


Nas próximas semanas as aulas de Seminários, ministradas pela Dr.ª Raquel Botelho, começarão sempre às 9 horas e não às 10 horas como está estipulado no horário. Qualquer alteração que se faça a este respeito será previamente comunicado a todos.
Aproveito para avisar que os apontamentos de Fotojornalismo, cadeira ministrada pelo Dr. José Soudo, serão disponibilizados muito em breve.
O Representante de turma,
Tiago Lopes

terça-feira, março 06, 2007

Trabalhos, trabalhos, trabalhos...

Como todos sabem, os próximos dias prometem ser uma animação... Vejam então o calendário das festividades que se aproximam:

Dia 12 de Março - Visita de estudo à Biblioteca Nacional, no âmbito dos trabalhos de História Diplomática Portuguesa, ministrada pelo Dr. Fernando Larcher
Dia 14 de Março - Entrega do plano para o trabalho de Atelier de Comunicação I, módulo de Língua Portuguesa, ministrado pela Dr.ª Sandra Barata
Dia 20 de Março - Entrega dos trabalhos escritos de Relações Internacionais, no módulo da Dr.ª Fátima Pedro
Dia 28 de Março - Entrega dos trabalhos de Atelier de Comunicação I, módulo de Língua Portuguesa, ministrado pela Dr.ª Sandra Barata. Entrega dos trabalhos de Psicossociologia da Comunicação, sobre Comunicação Social e Percepção, ministrados pelo Dr. Alves Jana
Dia 29 de Março - Entrega dos trabalhos de História Diplomática Portuguesa, ministrado pelo Dr. Fernando Larcher (data a confirmar)
Dia 30 de Março - Fecho do ESTA Jornal

Temos ainda para fazer o trabalho de:

Tecnologia da Comunicação II - site para negócio rentável online
Relações Internacionais - Análise de jornais, no módulo ministrado pela Dr.ª Inês Câmara (a fazer em sala de aula)
Direito da Comunicação Social - trabalho anual, já marcado no inicio do ano, para entregar no último dia de aulas do segundo semestre
Psicossociologia da Comunicação - trabalho anual, já marcado no início do ano, para entregar em data a marcar
Fotojornalismo - entrega dos 4 trabalhos para avaliação, em data a confirmar em sala de aula
Seminários - Entrega das monografias, a realizar no final de Maio

Ou seja... Temos muito que fazer!

Eu vou dando notícias,
O Representante de Turma,
Tiago Lopes