Comunicação Social [Turma 2004]

Apontamentos e notas dos alunos do curso de Comunicação Social (turma de 2004) da Escola Superior de Tecnologias de Abrantes - IPT.

quarta-feira, junho 28, 2006

Teorias da Comunicação

O Fidalgo apoia esta belissima ideia de Vera Inácio. Como quero ajudar os meus amigos, monárquicos e republicanos, eu deixo aqui todos os trabalhos que fiz durante todo o 2º semestre para a Cadeira de Comunicação Social. Alguns estão incompletos! Bom estudo e boa sorte!

O Fidalgo

TEORIAS DE COMUNICAÇÃO DE MASSAS

Teoria Hipodérmica

A teoria hipodérmica surge num contexto particular da História Universal, o período que medeia entre as Duas Grandes Guerras. Designada de “bullet theory” aparece numa época em que os Meios de Comunicação Social ganham uma importância internacional incontestável.
São dois os “ingredientes” da teoria hipodérmica: 1.) A novidade que suscitou o surgimento dos Mass Media; 2.) O usufruto do poder dos Mass Media pelos regimes totalitários, que então vigoravam. Esta teoria, assente nestes dois princípios genéricos, tem como objecto de estudo os efeitos dos Mass Media nas sociedades globais.
Os indivíduos são isolados, do ponto de vista da direcção das mensagens dos Mass Media, e são lhes “injectadas” doses massivas de informação, das quais se pretendem alguns efeitos. A teoria hipodérmica também se pode chamar, como aliás é feito por alguns autores, de “Teoria da propaganda sobre a propaganda”.
Existe uma manipulação dos sujeitos, e as suas reacções são premeditadas pelos Mass Media. Pode considerar-se esta, uma teoria psicológica da acção, ou seja, os indivíduos são induzidos de forma subtil, através das mensagens dos Meios de Comunicação, a adoptarem determinados comportamentos. Historicamente esta teoria foi utilizada, consciente ou inconscientemente, pela larga maioria dos propagandistas dos regimes totalitários. A teoria hipodérmica foi, inicialmente, vertical e artesanal, quer isto dizer, a sua divulgação era feita através do “boca-a-boca”.
A teoria hipodérmica foi posteriormente desenvolvida por Lasswell. O modelo comunicativo deste teórico responde a quatro questões basilares, do processo comunicativo: 1.) Quem? – O emissor das mensagens; 2.) Diz o quê? – A mensagem em si; 3.) Através de que canal? – O órgão do Comunicação Social utilizado para transmitir a mensagem; 4.) Com que efeito? – A resposta dos indivíduos às mensagens transmitidas. Com este modelo simples, de resposta a quatro perguntas, Lasswell teoriza todo o processo de comunicação, destinado a “manipular” os destinatários dos Meios de Comunicação; recaindo a sua teoria em dois aspectos: análise de efeitos e análise de conteúdos.

TEORIA DA ABORDAGEM EMPÍRCO-EXPERIMENTAL

A Teoria Hipodérmica passou por um processo de revisão, por volta dos anos 40, tentando esclarecer o insucesso, entretanto registado, dos mecanismos de persuasão. Elaborou-se, desta feita, a Teoria da abordagem empírico-experimental (para alguns autores associada à Teoria da Persuasão).
A Teoria elabora um novo esquema comunicativo, centrando-se nos indivíduos e não nas massas sociais. Neste diagrama as Causas (propaganda/publicidade), só realizarão os seus Efeitos se forem tomados em consideração os Processos Psicológicos Intervenientes.

As audiências da Teoria da abordagem empírico-experimental têm interesse na obtenção de informação, e não a passividade que se registava com a Teoria Hipodérmica. A persuasão deve ter em conta três elementos chave, no que se refere às audiências:
1. Exposição selectiva – As campanhas de persuasão surtem um efeito mais amplo, em todos os que concordam com o tema. As campanhas tendem a reforçar ideias preexistentes, e não a “plantar” novas ideias.
2. Percepção selectiva – Os ouvintes captam a mensagem e adaptam-na ao seu quadro valorativo, podendo mesmo distorcer a mensagem, ou compreende-la de forma oposta, do original comunicado; existe uma atitude positiva para com o comunicador.
3. Memória selectiva – Os ouvintes tendem a fixar primeiro os argumentos com os quais concordam. Quanto maior for a exposição, maior será essa característica. Surge o efeito Barnett: “os efeitos favoráveis tendem a ser recordados, em detrimento dos contrários”[1]. Existe também o Efeito latente (sleeper effect): “a eficácia persuasiva aumenta à medida que o tempo passa”[2].
A mensagem também possui quatro características estudáveis, que influenciam de forma decisiva a absorção da mensagem. As características da mensagem são:
1. Credibilidade do comunicador – Quem comunica a mensagem é importante, pois a audiência tende a aceitar melhor os argumentos emitidos por fontes consideradas credíveis. Com a entrada do sleeper effect em cena, a aceitação da mensagem será tanto maior, quanto mais credível for a fonte.
2. Ordem de Argumentação – Como se deve comunicar a mensagem, pode ser visto de acordo com dois parâmetros.
a. Efeito primacy – Os argumentos iniciais são os mais eficazes. Este efeito é mais presente em destinatários que não possuem conhecimentos prévios do tema em questão.
b. Efeito recency – Os argumentos mais influentes são os argumentos finais. Este efeito verifica-se quando a audiência conhece o tema, que se aborda.
3. Integralidade da Argumentação – A escolha da forma de efectuar a argumentação é muito importante. Apresenta-se um argumento sólido? Ou dois argumentos de um tema controverso? Para os que já se posicionaram no tema, e para os menos instruídos e mais convencidos, é importante mostrar apenas os aspectos positivos. Para os que possuem opinião contrária e para os que procuram um maior grau de esclarecimento devem ser apresentados os dois argumentos do tema.
4. Explicação da conclusão – As conclusões devem ser simples, explícitas e atractivas, pois existe em muitos assuntos uma complexidade que atenua os efeitos persuasores. Nestes casos a conclusão explícita é muito importante, para conseguir passar a “mensagem”.

Diferenças e semelhanças entre:
1.) Teoria Hipodérmica; 2.) Teoria de Lasswell; 3.) Teoria da Persuasão

A Comunicação de Massas passou a suscitar interesse no período de tempo que separa as Duas Guerras Mundiais. Os efeitos da propaganda nas multidões modernas, levam a que os teóricos da Comunicação se debrucem sobre o tema. Surgem então múltiplas teorias que tentam explicar os fenómenos adjacentes à Comunicação da Massas.
A Teoria Hipodérmica (originalmente bullet theory); a Teoria de Lasswell (ou Modelo de Lasswell) e a Teoria da Persuasão são apenas três, de um certame variado. As três teorias enquadram-se no âmbito do estudo da Comunicação de Massas, pois ambas têm como público-alvo os Mass Media e as sociedades de Massas.
As três teorias aceitam a visão de que as sociedades modernas, pós-industriais, levaram à criação de uma massa (essencialmente urbana) de rostos anónimos, com reacções padronizadas. São estes sujeitos, e a sua envolvência com os Meios de Comunicação Social, que são estudados.

A Teoria Hipodérmica vê nos sujeitos total passividade, tornando-os manipuláveis. O esquema de acção-reacção é simples e unilateral. A cada estímulo corresponde uma resposta, interessando apenas estuda os estímulos, porque as respostas seriam facilmente previsíveis.
A Teoria de Lasswell, embora seja descendente da Teoria Hipodérmica, complementa este esquema, complexificando-o. Para o autor existiriam 5 factores no processo comunicativo. Dá-se uma maior importância aos receptores da mensagem e aos seus efeitos, que já não são tidos como verdades universalmente aceites. Os receptores começam a tornar-se seres menos passivos.
O salto final dá-se com a Teoria da Persuasão; os sujeitos são entidades activas e intervenientes no processo comunicativo. Os processos psicológicos inerentes a cada sujeito passam a constar nas análises da comunicação, elevando a uma maior complexidade o processo comunicativo.
As três teorias, no que concerne ao papel dos receptores acabam por se contradizer. Enquanto para os autores da Teoria Hipodérmica e da Teoria de Lasswell o sujeito é passivo (em graus diferentes); para os teóricos da Teoria da Persuasão os sujeitos são entidades activas e determinantes no processo comunicativo.

A Teoria Hipodérmica concentra os seus “esforços” no estudo da mensagem que poderia levar os sujeitos, entendidos como entidades passivas, a serem manipulados, desvalorizando os canais da transmissão de mensagem. Por essa razão distancia-se e diferencia-se da Teoria de Lasswell que defendia que o Meio de transmissão das mensagens era factor importante do processo comunicativo, podendo mesmo alterar a mensagem.
A Teoria da Persuasão complementa a Teoria de Lasswell, não entrando em choque com esta. Não só valoriza o canal de transmissão, como acrescenta a importância da escolha da pessoa que vai comunicar. A credibilidade passa a ser um factor comunicacional por excelência, podendo adulterar ou inverter, em casos extremos, os significados da mensagem comunicada, dependendo de quem a comunica.

Uma diferença que se estabelece entre as teorias é a dos efeitos da Comunicação nas massas, às quais se dirigem essas mensagens. Para os estudiosos da Teoria Hipodérmica os efeitos da mensagem seriam, todos eles, calculáveis pelos autores dessas mesmas mensagens. As audiências seriam receptivas a todos os estímulos, sem os conseguirem filtrar.
Para Lasswell, com o seu Modelo comunicativo os efeitos da mensagem já são dependentes de quatro factores anteriores: Quem? (Emissor) Diz o quê? (Meio) A quem? (Receptor) Através de Quem meio? (Canal de transmissão). Só com uma conjugação frutuosa de todos estes factores os efeitos, igualmente contemplados no esquema comunicativo de Lasswell, seriam conseguidos na sua máxima força. Embora divirja um pouco esta teoria continua a dotar os sujeitos-receptores de alguma passividade.
Este ponto entra em diferendo com a Teoria da Persuasão. Os sujeitos são activos em todo o processo. Os processos psicológicos dos mesmos devem ser levados em consideração. Factores como a memória selectiva podem, e de facto fazem, interferir com os efeitos pretendidos pelos autores das mensagens.

TEORIA ESTRUTURAL FUNCIONALISTA

A teoria estrutural funcionalista insere-se no conjunto das teorias da Comunicação de Massas. Esta teoria estuda os meios de Comunicação em relação directa com o público. Harold Lasswell, com o seu modelo comunicativo [Quem? Diz o quê? Através de que canal? A quem? Com que efeito?], foi um dos primeiros teóricos da Teoria Estrutural Funcionalista.
Como o próprio nome indica, a Teoria Estrutural Funcionalista, vê os Media como um conjunto de sistemas sociais, inseridos numa estrutura de funcionamento externo; agindo, ao mesmo tempo, como factor de integração social. Segundo estes autores os Media são um reflexo social, e funcionam numa lógica de equilíbrio e funcionamento social geral.
O Estruturalismo representa ao mesmo tempo uma tentativa de corte com as teorias empíricas, e um desenvolvimento dessas mesmas teorias. Um dos conceitos mais importantes da Teoria Estrutural Funcionalista é o de função. Segundo este conceito existem determinados fenómenos repetitivos que mantêm o equilíbrio do sistema. Se, por qualquer razão, os fenómenos provocam desequilíbrio, então estes passam a ser fenómenos disfuncionais.
Embora a terminologia estruturalista adopte o termo função, o que está em causa para estes autores são os efeitos dos meios de Comunicação perante o seu público. O que torna estes teorias comuns entre si é a preocupação em perceber quais os efeitos dos Media sobre os indivíduos, sobre os grupos, sobre os sistemas sociais e sobre os sistemas culturais. Numa frase: Quais os efeitos globais dos Media?
A Teoria Estrutural Funcionalista abandona, pela primeira vez, a noção da intencionalidade dos processos comunicativos. Em seu lugar dá-se importância às consequências observáveis da simples presença dos meios de Comunicação. Desaparece a preocupação dos efeitos que o emissor causa no receptor, para surgir a preocupação do emissor se estudar a si, incluído no processo comunicativo. É neste sentido que surge a ideia de disfunção, entendida como o efeito indesejável.
Os meios de comunicação, para Marton e Lazarsfeld, passam a ser vistos como um regulador social, controlando vários “fenómenos sociais”, apenas pela sua existência. É um retorno à ideia de McLuan, de que apenas a existência dos Meios de Comunicação causa determinados fenómenos estudáveis. Para os críticos do autor [McLuan] os estruturalistas são uma forma de validação das teorias, que alguns consideraram primárias e imaturas.

TEORIA ESTRUTURAL FUNCIONALISTA (Revisão)

A Teoria Estrutural Funcionalista insere-se no conjunto vasto das teorias de Comunicação de Massas. Este conjunto de Teorias tem como objecto de estudo, perceber as reacções das Massas (em sociedades massificadas pela globalização crescente) aos Media.
A Teoria Estrutural Funcionalista estuda os meios de comunicação numa perspectiva da sua relação com o público (Massas). Ao invés de, como as suas antecessoras preconizam, estudarem isoladamente os fenómenos dos Meios de Comunicação; esta Teoria estuda os seus fenómenos em estreita correlação com os seus públicos.
A Teoria Estrutural Funcionalista tem algumas referências ao modelo comunicativo de Lasswell. Os Media são vistos como um conjunto de sistemas sociais, inseridos numa estrutura de funcionamento externo, agindo como uma forma de integração social. Ao mesmo tempo que funcionam como uma forma de integração social, operam numa lógica de equilíbrio, inseridos num funcionamento social geral.
O conceito mais importante, para os estruturalistas funcionalistas, é o de Função. Os Media trabalham de acordo com fenómenos repetitivos, que geram sempre respostas similares. Os efeitos dos Media passam a ser valorizados apenas pelo seu aparecimento, um pouco como fez McLuan. O Media vale por si e não apenas pelos efeitos posteriores que causa nos seus públicos.
Os Meios de Comunicação, de acordo com estes autores, provocam efeitos nos indivíduos, nos grupos, nos sistemas sociais e culturais. Mas os efeitos não são provocados pela passividade das Massas, mas antes pela “força” de que se revestem os Media.

TEORIA CRÍTICA DOS MASS MEDIA

A Teoria Crítica tem o seu início Histórico em 1923, com o surgimento do Instituto de Pesquisa Social, mais conhecido como “Escola de Frankfurt”. Tem as suas bases na Sociologia e surge como um contraponto às Teorias Funcionalistas. Começou por estudar como se processava a organização dos trabalhadores, mas aos poucos foi-se alargando a outras áreas de estudo, incluindo a Comunicação de Massas.
A Teoria Crítica utiliza pressupostos da linguagem marxista, mais no que concerne às suas primeiras análises, e da psicanálise. Os pensadores de Frankfurt contestam o conceito da Cultura de Massa, ao considerarem errada a noção de que a Cultura de Massas é um produto dependente das massas, e não um produto independente das bases sociais.
Nos anos 40 os teóricos de Frankfurt (Adorno e Lazersfeld) avançam com o conceito de Indústria Cultural. Esta teoria funcionaria como um lugar de esclarecimento comum, da visualização das acções e das acções de dominação social. A razão era vista como um elemento de conformidade e de manutenção do status quo. A racionalidade passa a ser alvo de estudo crítico.
Existe uma dialéctica social, inerente a todos os fenómenos estudados e a todas as forças sociais envolventes. As disciplinas são divididas em sectores, que são submetidos a uma razão instrumental. Há uma tentativa de interpretar as relações sociais a fim de contextualizar os fenómenos que acontecem na sociedade.
A partir dos anos 50 passou a estudar-se os efeitos potenciais dos Mass Media, no despoletar de mecanismos que levassem à manipulação das massas sociais. O público é entendido como um laboratório, onde os Mass Media podiam testar os efeitos múltiplos dos seus mecanismos de manipulação.
Adorno e os seus pares concluem que os Mass Media produzem efeitos culturais nefastos, pois potenciam a capacidade de manipulação, por parte dos detentores do controlo desses mesmos órgãos de Comunicação Social. Estas teorias foram consideradas atomistas e criticadas por diversos autores, entre os quais Morlay.

TEORIAS DE COMUNICAÇÃO DE MASSAS
Estudo Comparativo
A Comunicação de Massas despertou o interesse dos estudiosos da Comunicação, após as experiências totalitárias. A massificação da propaganda e a passividade dos receptores levaram a que muitos teóricos se debruçassem sobre o assunto.
A análise comparativa das teorias de comunicação de massas levanta algumas conclusões. A Teoria hipodérmica, a Teoria da abordagem empírco-experimental (Teoria da Persuasão), a Teoria empírica de campo ou teoria dos efeitos limitados, a Teoria estrutural-funcionalista e a Teoria crítica serão analisados segundo três parâmetros: sujeito, mensagem, canal.

X Sujeito

O sujeito da comunicação vai assumindo um papel cada vez maior de teoria para teoria. A Teoria Hipodérmica vê o sujeito como um entidade passiva, que recebe as mensagens acriticamente. Esta recepção acrítica das mensagens permite uma alienação dos sujeitos, que através de subtis mensagens de propaganda são manipulados.
Lasswell, e o seu modelo comunicativo, complexificam a comunicação, mas continuam a ver o sujeito como uma entidade passiva, embora, desta vez, as reacções posam ser desdobradas em duas vias: 1.) efeitos pretendidos; 2.) efeitos nulos ou contrários aos pretendidos.
A Teoria da Persuasão incluiu no seu modelo comunicativo um elemento intermédio entre a Causa e o Efeito: os Processos psicológicos. Através destes processos psicológicos os sujeitos deixam de ser maquinados, para serem influenciados. Os sujeitos surgem como entidades informadas, permeadas a mensagens, que são criticamente reflectidas. A mensagem passa, depois de uma reflexão. A manipulação torna-se mais “complicada”.
Com a Abordagem Empírica de campo, ou Teoria dos Efeitos Limitados, os sujeitos ganham uma maior autonomia. As mensagens passam apenas a influenciar os sujeitos, depois de estas serem “absorvidas” pelos opinion leaders. A lógica do two steps flow, permite uma maior independência do sujeito em relação aos efeitos da mensagem.
Com a Teoria Estrutural-funcionalista, os Media passam a organizar as estruturas sociais, servindo como um regulador de equilíbrios. Ou seja, os Media influenciam indirectamente os sujeitos, que passam a ser entendidos como seres plenos, nas suas capacidades psicológicas. Os Media funcionam para a sociedade e em sua função e não para influir nos comportamentos dos indivíduos.
Para a Teoria Crítica os Media potenciam a manipulação, mas os sujeitos são vistos pela perspectiva da racionalidade, como garantia da manutenção do status quo. Existe uma tentativa de interpretação das relações humanas em contextos sociais. Os sujeitos são potencialmente manipuláveis, mas apenas potencialmente pois possuem a razão como “escudo”.

X Mensagem

A mensagem é o elemento central das teorias da Comunicação de Massas. Segundo a Teoria Hipodérmica a mensagem devia ser simples de forma a atingir o maior número de sujeitos, permissivos a uma manipulação. As mensagens respondem a modelos estereotipados. Com Lasswell a mensagem permanece simples, mas obedece aos cuidados de escolher a linguagem adequada ao canal onde a mensagem irá ser emitida e à audiência que se pretende influenciar.
A Teoria da Persuasão implica uma estruturação racional da mensagem. Existem 4 elementos obrigatórios a todas as mensagens: 1.) credibilidade do comunicador (quanto mais credível o comunicador, mas efeitos produz a mensagem); 2.) ordem de argumentação, este critério pode resultar quer no efeito primacy (os primeiros argumentos fixam-se melhor), quer no efeito recensy (os últimos argumentos fixam-se melhor); 3.) integralidade da argumentação (conhecer a eficácia do uso de argumentos a favor ou contra, numa mensagem); 4.) explicitação das conclusões.
A criação correcta da mensagem é o centro da Teoria da Persuasão, já que os sujeitos ganham autonomia no processo de assimilação dos efeitos. Para a Abordagem Empírica de campo, ou Teoria dos Efeitos Limitados a mensagem deve ser construída para ser assimilada pelos opinion leaders, pois são estes que influem na sua disseminação pelas massas.
A mensagem assume verdadeiras funções sociais na Teoria Estrutural-funcionalista. As mensagens são reguladores sociais com funções jornalísticas, culturais, de entretenimento e outras, dependendo do sistema social em que se inserem. As mensagem são instrumentos secundários que permitem: 1.) alertar os cidadãos face a ameaças e perigos imprevistos; 2.) fornecer aos indivíduos instrumentos para realizarem tarefas institucionalizadas. A Teoria Crítica apenas acrescenta que as mensagens devem ser realizadas de modo a potenciarem a manipulação dos sujeitos.

X Canal e esquema comunicacional

O canal da mensagem é o terceiro elemento mais importante do processo comunicativo. Na Teoria Hipodérmica os canais das mensagens não soa estudados, com profundidade. Interessa reter o esquema de comunicação utilizado:
Estímulo Resposta
Lasswell problematiza, pela primeira vez, de forma directa, o estudo dos canais de comunicação. Estes deviam ser adaptados ás mensagens, por forma a aumentar a sua
área de influência, já que os efeitos são dados como adquiridos. O seu esquema é então: Quem? Diz o quê? A quem? Através de que canal? Com que efeito?
A Teoria da Persuasão refere os canais da mensagem de forma sucinta, já que o seu estudo se prende mais com as mensagens e com os sujeitos. É referida a preocupação na escolha do Meio de Comunicação utilizado, mas pouco mais do que isso. A Abordagem Empírica de campo, ou Teoria dos Efeitos Limitados secundariza os canais de transmissão, desde que estes estejam ao alcance dos opinion leaders, que difundiram, numa segunda fase, a mensagem:


1.) Mensagem

2.) Opinion Leaders

3.) Públicos/Massas/Audiências



A Teoria Estrutural-funcionalista destaca o papel do canal das mensagens, pois é através destes que se constrói o regulador social. Os canais são estudados em todas as teorias, mas de forma diluída. A Teoria Crítica traz uma novidade. Desaparece o conceito obsoleto de Cultura de Massas, substituído pelo conceito de Industria Cultural.

Comunica�o Social [2004/2009]

segunda-feira, junho 26, 2006

Introdução ao Direito - Index

Introdução ao Direito - 2º Semestre
(Index de João Pedro Lobato)



Índex do Código de Procedimento Administrativo


Decreto-Lei nº 442/91, de 15 de Novembro

· Ponto 4 – Objectivos do código do procedimento administrativo


· 1 – definição do que é procedimento administrativo
· 2 – A quem se aplica
· 2.2 – Quais são os órgãos


Princípios do Código de Processo Administrativo

· 3 – Principio da legalidade
· 4 – Principio da prossecução do interesse público e da protecção dos direitos e interesses dos cidadãos
· 5 – Principio da igualdade e da proporcionalidade
· 6 – Principio da justiça e da imparcialidade
· 7 – Principio da colaboração da Administração com os particulares
· 8 – Principio da participação
· 9 – Principio da decisão
· 10 – Principio da desburocratização e da eficiência
· 11 – Principio da gratuitidade
· 12 – Principio do acesso à Justiça


· 19 – Objecto das deliberações
· 44 – Casos de impedimento (garantias de imparcialidade)
· 48 – Fundamento da escusa e suspeição
· 52 – Intervenção no procedimento administrativo
· 53 – Quem tem legitimidade para iniciar o procedimento administrativo
· 54 – Como de inicia (o procedimento administrativo)


Princípios do Procedimento Administrativo

· 56 – Principio do inquisitório
· 57 – Dever de celeridade
· 59 – Audiência dos interessados
· 60 – Deveres gerais dos interessados


Direito à informação

· 61 – Direito dos interessados à informação
· 62 – Consulta do processo e passagem de certidões
· 64 – Extensão do direito de informação
· 65 – Principio da administração aberta


Marcha do Procedimento (Fases do procedimento administrativo)

· 74 – Arranque do procedimento
· 86 – Instrução
· 100 – Audiência dos interessados
· 120 a 157 – Decisão (acto administrativo)
· 158 a 177 – Recurso

· 106 a 113 - Decisão e outras caudas de extinção


Regulamento da Actividade Administrativa

· 114 a 119


Acto administrativo

· 120 a 175 – Acto administrativo
· 120 – Conceito de acto administrativo
· 123 – Elementos do acto administrativo
· 125 – Requisitos da fundamentação da decisão


Invalidade do acto administrativo

· 133 a 136


· 176 – Recurso hierárquico impróprio


Contrato administrativo

· 178 a 189
· 178 – Conceito de Contrato Administrativo
Introdução ao Direito - 2º Semestre
(Index de João Pedro Lobato)

Índex do Código Processo Penal

· 1.1.a – Definição legal de crime
· 1.1.e – Definição legal de suspeito


Do Arguido e seu defensor

· 57 – Qualidade do arguido
· 58 – Constituição de arguido
· 60 – Posição processual
· 62 – Defensor


· 86 – Publicidade do processo e segredo de justiça
· 86. 3 e 6 – Ter em conta
· 87 – Assistência do público a actos processuais
· 88 – Meios de Comunicação Social


Medidas de coação

· 196 – Termo de identidade e residência
· 202 – Prisão preventiva


Fase de inquérito

· 262 a 285
· 262 – Finalidade
· 263 – Direcção de inquérito
· 264 – Competência
· 267 – Actos do ministério público
· 268 – Actos a praticar pelo juiz de instrução
· 276 – Prazos de duração máxima do inquérito
· 277 – Arquivamento do Inquérito
· 279 – Reabertura do Inquérito
· 283 – Acusação pelo Ministério Público


Fase de instrução

· 286 a 310
· 286 – Finalidade
· 287 – Requerimento para a abertura da instrução
· 288 – Direcção e Natureza da instrução
· 290 – Actos do juiz de instrução e actos delegáveis
· 298 – Finalidade do debate instrutório
· 306 – Prazos de duração máxima da instrução
· 307 – Decisão instrutória
· 308 – Despacho de pronuncia ou não pronuncia
· 309 – Nulidade da decisão instrutória
· 310 – Recursos


Fase de julgamento

· 311 a 380


Fase dos Recursos

· 399 a 466
Ciência Política e Direito Constitucional - 2ºSemestre
(Apontamentos de João Oliveira e Tiago Lopes. Mais uma vez, obrigada**)


Estudo da constituição

A Constituição é a lei mais importante do país! É a “lei das leis” – nenhuma lei pode ir contra as leis da Constituição. O estatuto jurídico do político é a Constituição. Na Constituição definem-se as regras de funcionamento dos órgãos políticos e definem-se as regras de relacionamento entre os titulares desses órgãos políticos.

Constituições escritas – Portugal (Positivo)
Constituições não escritas – Reino Unido (costume) – Jus- Naturalismo

Para os ordenamentos jurídicos que adoptam o Direito Positivo, as leis adoptam a vontade dos homens num determinado momento. Para o jus- naturalista, existe um ordenamento anterior ao Direito, um código natural que se deve respeitar.

Existem acções determinadas pelos princípios (costume) e não pelas leis. Os princípios modelam os comportamentos primeiro do que a lei. As bases sociais vêem no homem um ser capaz de mentir. Na cultura anglo-saxónica existe um culto da confiança.
A Burocracia é a “filha da desconfiança”. A lei é uma forma de se ensinarem os povos a adoptarem determinados comportamentos. O Direito Positivo é usado para educar. (pedagógico)

Características essenciais da Constituição Portuguesa:

- Rígida;
- Unitextual;
- Ideológica;
- Programática.

Sistema Político

Sistema de Governo + Sistema de Partidos + Sistema Eleitoral

Sistema de Governo – Órgãos que definem a governação do país, e relações entre os órgãos.
Sistema de Partidos – Conjunto de partidos políticos que vigoram num sistema e que têm influência num dado país. ex: Multipartidário; Bipartidário (Reino Unido); Bipartidário Imperfeito (Portugal).
Sistema Eleitoral – Regras que definem o módulo de eleição num determinado país. Pode ser Proporcional, Maioritário (1 ou 2 voltas) ou Misto.

Parlamento Português – 230 lugares (maioria 116 lugares). Só existiu uma legislatura suportada por uma maioria relativa entre 1995 e 1999.
Maioria relativa - um partido tem maioria porque foi eleito. No entanto, se todos os outros partidos se unirem, são mais do que os deputados do partido que ganhou a maioria, através das eleições.

Regras que definem o modo de eleição num determinado país:
- sistema eleitoral proporcional;
- sistema eleitoral maioritário;
- sistema eleitoral misto.

Temos o sistema maioritário a uma volta e a duas voltas. No sistema proporcional temos: - Assembleia da República;
- Autarquias locais (Câmara Municipal, Assembleia Municipal e eleições para a assembleia de freguesia).
- Parlamento Europeu.

Em Portugal faz-se recurso ao método d´Hondt

- Vigora na Assembleia da República;
- Vigora no Parlamento Europeu;
- Vigora nas eleições municipais.

[em falta o esquema de parlamentos]

Eleições autárquicas:

- Eleições para a Câmara Municipal;
- Eleições para a Assembleia Municipal;
- Eleições para a Assembleia de Freguesia.

- Eleições para o Parlamento Europeu;
- Eleições para a Assembleia da República;
- Eleições legislativas.

Os boletins de voto são configurados por sorteio, feitos distrito por distrito.


Não confundir Governo com Conselho de Ministros. Artigo 182 “ Governo é o órgão de condução geral da política do país. Composto por 1º Ministro, ministros, secretário e sub-secretários de estado.

Artigo 184 – O Conselho é constituído por 1º Ministro, Vice 1º Ministro ( se houver e ministros).

No artigo 190 está definido a essência do Governo semi-presidencial.
No artigo 191 “ o 1º Ministro é responsável perante o Presidente da República e no âmbito da actividade governativa do Governo perante a Assembleia da República”.

Há três tipos de moções:

Moções de Censura - Art.194 ( Iniciativa de ¼ dos deputados para apresentar a Moção de Censura, ou então, pelos grupos parlamentares. A aprovação tem de obter a maioria de votos dos deputados em efectividade de funções.)

Moções de rejeição do programa do Governo – Art. 192 ( só o grupo parlamentar pode enunciar a rejeição).

Moções de confiança – Art.193 ( Decisão do Governo de pedir ao Parlamento uma votação do programa).

Programa do Governo - ( necessita de 116 deputados – (230 ½) para a aprovar. Ao fim de 2 empates a proposta chumba).


Projecto-lei – Iniciativas dos deputados e dos grupos parlamentares.
Proposta de lei – Iniciativas legislativas do Governo.
Dois empates = chumbo


O programa pode ser aprovado tacitamente ( não é preciso votação), mas só pode ser rejeitado de forma explícita.

Artigo 116 da Constituição da República Portuguesa

A Assembleia da República quando legisla, fá-lo para um conjunto determinado de situações. Todas as leis são importantes, algumas são é mais importantes do que outras.



Actos jurídicos legislativos


Lei
- Constitucional (artigo 161) – Lei de revisão constitucional
- Orgânica ( lei da estrutura do Estado – artigo 164)
- Lei (161)

Actos jurídicos não legislativos
- Moções;
- Resoluções.

Artigo 129 (Ausência do território nacional)

Artigo 168 – Aprovação implica 2/3 dos votos dos deputados em efectividade de funções (lei constitucional).

- Carecem de aprovação na votação final global por maioria dos deputados (lei orgânica.)

Votação na especialidade necessita apenas de uma maioria simples. Votação na generalidade necessita de maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções.

Organização Democrática

Democracia é um método de escolha de representantes políticos. Oligarquia como governo de elite (privilégio de uma classe) → Mas na Democracia também existe uma elite, escolhida pelo povo.
A Democracia fundamenta-se com a hipótese de que todos os cidadãos se podem fazer eleger para qualquer cargo. Na prática apenas um grupo se candidata aos cargos. Não decidimos nada. ↑
Democracia apenas como método


O Parlamento não representa o Povo, mas apenas um sector social. Os teóricos da Democracia como um método mostram que a prática não cumpre utopismos teóricos da Democracia.
A classe com disponibilidade para governar é um grupo restrito.

Democracia-fim – Governo do Povo;
Democracia-método – Governo de escolha de algumas pessoas, para a Governação.

Em Democracia escolhem-se os representantes para a execução e na decisão → Democracia Representativa.

Democracia directa – povo decide directamente sobre as matérias, e ao decidir sobre as matérias, prescinde dos representantes que a Democracia Representativa elege.
Democracia Representativa – Legislativas
Democracia directa – referendo

O Prof. Gomes Canotilho considera o referendo uma forma de Democracia semi-directa; Só é directa quando o povo decide sobre o que vai decidir; a escolha do tema para se decidir algo (natureza do referendo) não é da responsabilidade do Povo. Democracia Representativa → decisão por parte dos representantes, que podem consultar o Povo mas que não se vinculam a essa opinião.

Plesbicito – associação à pergunta à permanência política de alguém num determinado cargo.

O referendo em Portugal é permitido com a 2ª revisão constitucional em 1989. (Aprovação da Constituição a 2 de Abril de 1976).

1ª revisão – 1982 (revisão ordinária)
2ª revisão – 1989 (revisão ordinária)
3ª revisão – 1992 (revisão extraordinária)
4ª revisão – 1997 (revisão ordinária)
5ª revisão – 2001 (revisão extraordinária)
6ª revisão – 2004 (revisão ordinária)
7ª revisão – 2005 (revisão extraordinária).

Artigo 115 da Constituição – 1º define as matérias que podem ser referendadas; 2º modelos de convocação do referendo; 3º define quando e em que circunstância se valida o referendo.
O referendo é obrigatório na questão das regiões. (1997)

O referendo só é convocável pelo Presidente da República. Mas quem pode pedir a convocação de um referendo? O Governo ou a Assembleia da República.

(Pressão)
Governo/Assembleia da República – povo

(propõe) Presidente da República
↓ (convoca ou não)
Eleitores (decidem)

O Povo através da recolha de 75.000 assinaturas, pede à Assembleia da República que peça ao Presidente da República para convocar um referendo. Mas é a Assembleia quem decide.
A Assembleia da República pode propor a pergunta ao Presidente da República, que deve decidir.

O referendo só é válido quando o número de votantes for superior a metade dos eleitores. Os referendos em Portugal não são válidos porque não votou 50% dos eleitores.

Direitos fundamentais dos cidadãos

Artigo 37 – Liberdade de expressão e informação

1º Os cidadãos podem exprimir-se e informar ou ser informados de forma livre.
2º A censura é proibida, pois restringe a capacidade de expressão e informação. A liberdade de pensamento não faz sentido sem liberdade para expressar o seu pensamento. A liberdade de expressão tem como limite o bom-nome, a boa imagem e a honra de terceiros implicados. A lei define limites à liberdade de expressão.
Um direito à livre expressão não pode pôr em causa o direito ao bom nome.

A 4ª alínea do 46º artigo impede algumas formas de associação.

A Democracia é o governo da maioria que se pode renovar. Por isso, existem actos eleitorais. O artigo 46 salvaguarda a democracia. A democracia deve poder ser questionada de forma constante e cíclica. Há normas constitucionais que valem mais do que outras normas.

Revisão Constitucional (1997)

Revisão que visou a alteração do sistema político, tentando introduzir mudanças no sistema eleitoral e nos círculos eleitorais. As modificações foram aquém do esperado.
Com esta revisão, passou a ser possível existir candidaturas a Câmaras Municipais, de grupos de cidadãos independentes. Romper com a partidocracia. A revisão de 1997, segundo o Prof. Gomes Canotilho, veio continentalizar as leis da Assembleia da República. Se a lei aprovada pelo Parlamento não disser que é “lei geral da República”, esta não é aplicada na Madeira e nos Açores.

Revisão Constitucional (2004)

Introduz uma mudança que aumentou a autonomia da Madeira e dos Açores. Desapareceu o cargo de “Ministro da República”, substituído pelo “Representante da República”.

Artigo 13 – Principio da Igualdade – acrescentou-se as três últimas palavras do artigo: “ou orientação sexual”. O artigo foi aprovado por unanimidade.


Processo de Revisão Constitucional (sai quase de certeza)
O que é?
Revisão Constitucional – revisão das leis, podendo alterá-las, modificá-las ou mesmo eliminá-las.

Limites da Revisão Constitucional

1º Limites circunstanciais;
2º Limites formais;
3º Limites materiais.

O artigo 289 da Constituição afirma que não pode ser praticado nenhum acto de revisão constitucional na vigência de Estado de Sítio ou de Estado de Emergência. (limite circunstancial).

Limite formal – A lei afirma que a revisão constitucional pode ser feita de 5 em 5 anos, mas de 5 em 5 anos a contar da última lei de revisão ordinária ( art. 284, ponto 1). Todavia (art.284, ponto 2), pode a Assembleia da República assumir poderes de revisão extraordinária, por maioria de 4/5 dos deputados em efectividade de funções.
A iniciativa de apresentação de um Projecto de Alteração da Constituição é sempre dos deputados (em nome próprio);(art.285, ponto 1)

230 X 2 :3= 154 deputados

Necessários para rever a constituição ordinariamente e extraordinariamente (aprovação).

Para convocar a discussão extraordinária da Revisão Constitucional é que têm de estar de acordo 4/5 dos deputados – 184 deputados. Para a aprovação da lei já só são necessários 2/3 dos deputados.

Limites Materiais – A Constituição define um conjunto de artigos que nunca podem ser alterados (art.288). Não se pode alterar: independência nacional e a unidade de Estado; forma republicana de Governo, e outros… Se se mexer no artigo 288, não se está a rever a Constituição, mas a construir uma nova Constituição.
- Solução da escola de Coimbra – se quiserem mexer nas matérias do art.288 não estão a fazer revisão, mas a fazer revisão nova. (Gomes Canotilho)
- Solução da escola de Lisboa – não é necessário nova Constituição para se alterarem matérias do artigo 288, deve existir uma dupla revisão, sobre a mesma matéria (Jorge?Miranda).

Processo Legislativo em Portugal

A lei tem de ser: 1º aprovada; 2º promulgada; 3º Referendada.
O Presidente da República quando recebe uma lei pode assumir que pode fazer três coisas:
1º Promulgar (concorda com a lei);
2º Veta a lei (discorda da lei, que volta para trás). Depois, a Assembleia ou aceita a opinião, ou vota novamente a lei e à 2ª a lei não pode ser vetada.
3º Envia para o Tribunal Constitucional. Toma decisão posterior.

Se a lei foi inconstitucional, esta volta para a Assembleia da República, que pode reformular a lei nos seus pontos inconstitucionais.

O Tribunal Constitucional foi criado pela revisão Constitucional de 1982. Até aí existia uma Comissão Constitucional. Os cidadãos não recorrem ao Tribunal Constitucional para apreciar as decisões, mas sim as normas que sustentam a decisão.



Quem pertence ao Tribunal Constitucional?

Artigo 222 da Constituição

13 juízes
- 10 juízes eleitos pela Assembleia da República
- 3 juízes escolhidos pelos 10 eleitos
- Destes 10 juízes eleitos 6 têm que ser obrigatoriamente juízes
- 4 têm que ser juristas (advogados, Professor de Direito, licenciado em Direito).

- Mandatos de 9 anos, sem renovação;
- O Presidente do Tribunal Constitucional é eleito pelos seus pares.

Os 10 juízes são escolhidos entre os 2 grandes partidos políticos. O 13º juiz tem então um papel preponderante. Para os críticos, o Tribunal Constitucional é um tribunal político (favorável à maioria da Assembleia).


Informação complementar

Constituição
- Trave-mestra de um edifício jurídico de um país;
- É a lei das leis;
- Estatuto jurídico do politico; (os políticos na sua actuação (assembleia, etc), têm que cumprir regras, e essas regras estão definidas juridicamente. Estabelece as regras de funcionamento dos órgãos políticos e de relacionamento entre os titulares desses órgãos políticos.
- Nenhuma lei pode contrariar;
- É lei das leis porque define o enquadramento jurídico do país.

Constituição Escrita (ex: Portugal) e não escrita (Reino Unido, Inglaterra)
Constituição Não escrita – Não é preciso um livro para que as normas de funcionamento sejam definidas. Um país pode ter regras sem precisar de as escrever. Não é preciso nome atrás para existir punição. Será o juiz em função do costume que vai definir as regras do futuro, e vai punir um assassino.

Já vimos:
- Como o Governo é empossado.
- Como o Governo entra em funções.
- Como o programa é ou não é aceite.

Não confundir Governo com Conselho de Ministros. O Conselho de Ministros é uma parte do governo.

Artº 182 da Constituição
Artº 183 da Constituição
Artº 184 da Constituição

Quando o 1º ministro não pode comparecer, é os ministros de estado (António Costa e Freitas do Amaral, actualmente). Estes 2 são mais importantes que os outros.

Artº 190 da Constituição
Artº 191 da Constituição
Artº 192 da Constituição

Estar em efectividade de funções é estar inscrito. Na Assembleia da Republica temos 230 deputados em efectividade de funções.

Artº 194 e 195
Artº 166

As leis são todas importantes, mas não são todas iguais.

Art º 115 da Constituição
Artº 255 da Constituição
Artº 256 da Constituição
Artº 37. 1-Todo o cidadão tem o direito de se exprimir.
2- As minorias também têm direitos. Ao existir uma maioria, não leva a que as minorias sejam anuladas.

A liberdade de pensar sem a liberdade de expressão, é manca, não é pura.

Artº 46


Revisão Constitucional (1997)
- Foi a 4ª revisão constitucional;
- Visou a alteração do Sistema Político;
- Procurou introduzir mudanças, em nome desse Sistema Político, nas candidaturas;
- Ficou aquém do desejado.

Partidocracia – Ditadura dos partidos. Aqueles que entendem que só existe democracia com Partidos.

Só podem ser candidatos à Presidência da Republica, pessoas/cidadãos com pelo menos 35 anos.

Artº 284 – Ponto 1 e 2
Artº 288
Artº 289

Temos leis grandes, o que pode lever a que haja mais probabilidades de ser “contornada”. Devem ser pequenas e agéis, de forma a adaptarem-se à situação.


NOTA:. Tiago Lopes alerta
uidado com as confusões entre referendo, que é a consulta popular do povo sobre determinado assunto, e referenda que é a assinatira oficial de um documento, obrigatória para validar uma lei.

NOTA2:. Metodo de Hondt, ou metodo da media mais alta é um metodo de destribuição de deputados colegiais. Criado pelo bela Victor d'Hondt, o método é usado em Portugal
Inglês II - 2º Semestre
Resumo e tradução dos trabalhos: Cartoon, Fenómeno Harry Potter e Internet e Weblog


Cartoon
Nasceu da criação dos esboços realizados durante a preparação de fescos (frescoes) em Itália, durante os séculos 14 a 17.
Os pintores desenhavam os esboços, para as equipas de pintura dos frescos os poderem desenhar na perfeição, e a esse esboço davam o nome de “cartoni”.
O conceito de cartoon mudou mais tarde, em 1840, quando o príncipe Alberto lançou uma competição entre pintores para decorar as paredes das “Houses of Parlament in London” com frescos.
O resultado foi que alguns deles eram de certo modo absurdos, tendo em conta que os autores tanto quiseram dar-lhes um ar de heroísmo que os deixaram cair no ridículo.Assim o cartoon começou a ser considerado “pictorial parody”, um desenho humorístico e satírico.

Existem vários tipos de cartoons:
Editorial cartoons (penso que seja o jornalístico, associado a editoriais), gag cartoons, illustrative cartoons (como os do courier internacional), comic strips (as breves do Calvin & Hobbes), and animated cartoons(desenhos animados).

Os cartoons de editorial, também chamados de political cartoons, são um comentário visual a acontecimentos da actualidade. São mais irónicos e satíricos do que humorísticos, e geralmente são imagens “distorcidas” que tendem a salientar um defeito do alvo do cartoon (geralmente, políticos). São grande influencia na opinião publica. Alguns artistas do meio, que ganharam fama com estes trabalhos: William Hogarth, o francês Honoré Daumier, o australiano Patrick Oliphant … entre outros.A maioria dos cartoons de editorial, usam metáforas de coisas simples e situações corriqueiras do dia a dia para explicar coisas complicadasdo mundo da política. Chegam a existir personagens que se confundem com os políticos.

Gag cartoons, são cartoons de uma só imagem, geralmente acompanhados de uma “caption” colocada externa ao cartoon. É um tipo mais facilmente encontrado em revistas e jornais.Os americanos JamesThurber, Charles Addams e Pedro Arno são alguns dos autores deste tipo de trabalhos.

Os Ilustrativos são cartoons que geralmente são encontrados em publicidade ou em material de aprendizagem. Servem para fazer sobresair e explicar melhor uma ideia, são a ilustração. Por vezes, são usadas em publicidade, desenhos e personagens que já existiam. Temos o exemplo dos Peanuts, que são por referencia uma comic strips/book, mas que começaram a aparecer na pubicidade de uma companhia de seguros de vida em 1985.

Os Comic Strips são uma sequencia de cartoons que contam uma história. Geralmente são cómicos, com balões de dialogo. São imensos os exemplos, mas os mais conhecidos são mesmo os peanuts nascidos em 1950, Batmman de 1939 e Superman de 1938. Encontram-se em jornais de todo o mundo. São conhecidos no Reino Unido por “Strip Cartoon” e nos estados unidos trocam a expressão cartoon pelas expressões “funnies” ou “Comics”.

Os criadores destes trabalhos são chamados de cartonistas. Apesar do humor ser o tema mais forte, pode também conter aventura ou drama, uma espécie de novela. Charles Schulz, Bill Watterson e Scott Adams são alguns exemplos de cartonistas. Dentro do género geral existem mais alguns: newspaper comic strip, que aparece primeiro em jornais, antes de ser publicado em livros ou na Internet; daily to Sunday Animated Cartoons são desenhos animados.

A animação é um processo que usa uma série de imagens para criar a sensação de movimento de que nascem os desenhos animados. São datados do inicio do século XX. São o cartoons de televisão e cinema, muitas vezes também associados a publicidade. Outras informações: O cartoon é uma forma de arte como qualquer outra. Os Cartoonistas tentam desenvolver um estilo próprio. O Cartoonista de editorial é obrigado a prestar atenção a acontecimentos recentes para que o seu trabalho tenha valor, por exemplo. A maioria dos cartoonistas costuma esboçar o seu trabalho a lápis, fazendo e desfazendo, até que o trabalho faça sentido e esteja preparado para o produto final. A caricatura é um dos elementos de fundação do cartoons moderno. O cartoons tem geralmente uma intencionalidade humorística.

Animações/Desenhos animados
Os recentes desenhos animados, são muito parecidos em termos de estilo com as comic strips, mas obviamente os primeiros tem-se apoderado da expressão “cartoon” cada vez mais.

Comic Magazine
…é o formato usado no reino unido, onde é abreviado para “comic”. Existem revistas como “the british comic” que datam antes de 1884.

Graphic novel
…é um termo usado para identificar um determinado tipo de livros de cartoon ou comic book. Nas novelas tem uma história mais longa e geralmente são dirigidas a um publico mais adulto. Podem ser publicadas por um período longo de meses ou anos e republicados mais tarde em compilações.

Comic annual

…é um anuário de cartoons, e este tipo de publicação pratica-se predominantemente no reino unido.

Comic album

…é na Europa o mesmo que uma graphic novel, em tamanho A4, capa dura, normalmente com 48 paginas. E pode ser um misto de novas e antigas histórias de antigas stips.Na América, funciona como uma compilação, ou antologia, com muitas histórias e que é publicado e distribuído como livro.

Webcomic
…é vugarmente conhecido por ser um online comic, e são cartoons que encontramos na Internet (como o nome indica). Muitos são exclusivos online. O acesso é mais facilitado as audiências.

Storyboards
… são ilustrações dispostas em sequencia para a previsualização e concepção de um filme animado.

Minicomic
… é um conceito desconhecido em Portugal, e refere-se a uma revista de cartoons mais pequena que a média, feita a mão e geralmente editada, copiada e distribuída pelo seu criador. É assim com este tipo de edição que alguns cartoonistas ganham nome para seguir para outros tipos mais tradicionais.

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O Fenómeno HARRY POTTER

Instrumentos:

Vassoura/Broomstick – como todos sabemos, o meio de transporte das bruxas. Na história de Harry, as tecnologia das vassouras evolui.
Coruja/Owl – É quase como um pombo correio. Não usam telefones por isso mandam mensagens por corujas.
Pó de Floo/ Floo Powder – lançado para uma lareira serve para transportar alguém para outro destino.
Botão de viagem/Portkey – é um objecto enfeitiçado que quando lhe tocam transporta o individuo para um sitio onde esteja outro portkey.

O fenómeno Inicialmente era um livro dirigido a crianças, contudo o fenómeno é geral. Todos o lê, por todo o mundo e são centenas os seus fans.
Cada vez que um novo livro é editado e lançado, a loucura é total pelo momento em que este seja liberto.
As vendas desde 1997 tem sido astronómicas. O mesmo não acontece com os filmes. A transposição dos filmes para o cinema trouxe uma nova alegria aos fans mas o seu êxito maior foi mesmo no primeiro filme.
Os detalhes, os efeitos especiais, as semelhanças e trabalho dos actores veio reforçar o exercito de admiradores da saga.
O curioso é que ao contrário dos livros, os filmes tem perdido receita de filme para filme. Mas continua a obter lucros e existem sempre produtores a querer fazer os filmes.
Chris Columbus fez os primeiros 2 filmes e Afonso Cuarón trouxe um novo estilo aos personagens 300 000 000 livros vendidos por todo o mundo, em 200 países, em 63 linguas, um lucro de 841 000 000,00 euros.

Personagens

Harry James Potter – foi o único filho de James e Lily Potter. Tem o cabelo negro do pai e os olhos da mãe.Harry é o personagem principal. Obteve fama quando ainda sótinha um ano de idade, quando lord voldemort o tentou matar, e matou os seus pais, contudo o jovem harry, misteriosamente sobreviveu a uma maldição fatal.Foi estudar para Hogwarts, pertence a casa dos griffindor (vermelhos).

Ronald Bilius Weasley – Melhor amigo de Harry. É o sexto filho da família weasley (extremamente pobres).

Hermione Jane Granger – amiga de Harry e de Ron. É a melhor aluna da turma, e é mto inteligente. È mandona e normalmente é a personagem mais sensata do grupo. Nasceu filha de Mugles, humanos não feiticeiros.

Lord Voldemort – Assassino dos país de Harry, é um feiticeiro negro que dedicou grande parte da sua vida a aterrorizar a vida de outros feiticeiros. É tão temido que o tratam por “He-Who-Must-Not-Be-Named”, ou “You-Know-Who”.

Professor Albus Dumbledore – Director da Escola mágica de Hogwarts. É um mestre sábio e conselheiro de Harry, é possivelmente o homem mais respeitado da escola, e um dos mais respeitados de todo o mundo da feitiçaria. É inteligente, tem grande poder mágico e é muito velho.

Professor Severus Snape –professor de poções de harry. Já foi devorador da morte o que faz dele um suspeiro aos olhos do jovem estudante, apesar de Dumbledore manter uma confiança cega neste.

Sirius Black – Melhor amigo de James Potter.Draco Malfoy – Membro da casa de slytherin, defensor dos feiticeiros puro sangue. Vive na rivalidade com Harry Potter.


Criticas
Falta de originalidade. Alguns críticos suspeitam e comparam a obra de Rowling com a obra de Tolkien, apesar da autora afirmar nunca ter lido o Hobit até a conclusão do primeiro livro sobre o jovem feiticeiro. Muitas das personagens são semelhantes as de Tolkien, por exemplo Sauron e Voldemort.H.P.-Para leitores adultos é uma forma de regressara os desejos e esperanças que tinham na infância. Enquanto que para os mais jovens, é uma história fantasiosa de escape e poder combinada com histórias confortáveis divertidas e assustadoras quanto baste.

Influencias

Embora Rowling admita que existem muitos escritores que admira, vê-os mais como um ideal do que como influencia para os seus livros. Os livros dela vêem no seguimento de uma literatura Inglesa cujo enredo roda em volta de crianças que estudam num colégio interno, que tem as suas na época vitoriana.

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INTERNET & WEBLOG

Internet
A Internet ou a net, como é vulgarmente conhecida web, é um conjunto de computadores ligados entre si a que se dá o nome de network.
A troca de pacotes de dados entre computadores é regida por um protocolo a que se chama IP(Internet protocol).
Alguns dos serviços acessíveis aos envolvidos nesta rede são o correio eletronico, o chat, consulta de sítios na Internet, e outro tipo de documentos para partilha na www.
A Internet e a World wide web não são o mesmo! A Internet é o conjunto de networks ligadas entre si… Eu, tu, nós, todos os que se ligam pela Internet, num computador por todo o mundo fazemos a Internet. Já a WWW é onde fica armazenada a informação, os sites que construímos, as paginas e documentos que deixamos na Internet para partilha comum.

O nascimento
Apesar da ideia inicial ter partido da ARPA, agencia americana que se destinava a pesquisa de novos progectos, por volta de 1958, só em 1990 é que a net ganhou uma cara perante o publico. Em Agosto de 1991 o europeu CERN, mostrou ao mundo o seu novo projecto a WWW. Dois anos antes de Tim Berners-lee ter começado a criar o código html que permitiria o uso da World wide web e o http. A experiência inicial foi feita no Cern onde foi cirada uma pequena rede. Em 1993 o centro nacional de supercomputação/ National Center for Supercomputing Aplications na Universidade de Illinois, lançou o Mosaic Web browser 1.0, a primeira ferramenta existeste de navegação online. Em 1994 o interesse pela Internet registou-se crescente, tanto por parte do publico como por parte de técnicos.

Hoje em dia…
Em Janeiro de 2006 mais de 1 bilião de pessoas usava a Internet, segundo estatísticas na rede.Existem politicas online, ou seja protocolos que definem o que se pode fazer ou não e como se pode fazer. A mais baixo nível encontramos o protocolo de IP, que é o primeiro que encontramos ao conectarmo-nos na Internet. É este protocolo que rege a entrega de pacotes e a recepção entre computadores. Atribui um endereço IP ao entrarmos na Internet o que nos vai identificar enquanto estivermos ligados (existem muitos mais, mas achei desnecessário o resumo - consultar apontamentos de Internet - é 1ª folha).

O uso de Inglês
É de longe a linguagem que mais encontramos na rede. Talvez pelas origens da Internet ou talvez pela predominância actual do inglês, ou talvez, e por mais desparatado que parece, porque os computadores parece ser pobres no trabalho com caracteres específicos, usados maioritariamente nas línguas latinas (ex: ç, ô, ê, ã).
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Weblog
Weblog é uma expressão usada para descrever um website onde existem entradas de texto muitas vezes acompanhadas de elementos gráficos, tal como num diário, dispostas por ordem cronológica. A sua temática costuma centrar-se em noticias ou comentários dos respectivos donos. O típico blog combina uma componente escrita com uma visual e Links para outros sítios na Internet.
Os primeiros blogs eram conhecidos por diários online /”online diaries” e
apareceram em 1994.

O termo blog em si, foi forjado por Jorn Barger a 17 de Dezembro de 1997.O blog padrão é constituído por um titulo por post (entradas de texto), por um Body que é o corpo de texto, por uma permalink (link k identifica o blog individualmente) e data do post. Alguns podem também possuir algo do género de um guestbook, onde os visitantes e leitores deixam comentários – comments. Os posts podem ser divididos em categorias, e pode também ter tradebacks ou pinkback, que são ligações que se referem a sites que falam do post.

Existem pelo menos 3 tipos de blogs:
Moblogs (blog feito num pda, portátil ou telemovel),
Spam blogs (publicidade)
Vlogs (blogs de videos).

"Moblog is a blend of the words mobile and weblog. A mobile weblog, or moblog,
consists of content posted to the
Internet from a mobile or portable
device, such as a
cellular
phone
or PDA. Moblogs generally involve
technology which allows publishing from a mobile device.Spam blogs, sometimes
referred to by the
neologism splogs, are weblog sites which the author uses only
for promoting affiliated websites. The purpose is to increase the
PageRank of the affiliated sites,
get ad impressions from visitors, and/or use the blog as a link outlet to get
new sites indexed.A vlog or video blog is a
blog (short for weblog) which uses video as the primary content; the
video is linked to within a videoblog post and usually accompanied by supporting
text, image, and additional
metadata to provide context. It has
become a significant contributor to
clip
culture
.)"

retirado de apontamentos da apresentação de Inglês, do blogspot e notas


Popularidade
Como chegaram a popularidade dos dias de hoje?
O que se suspeita é que a divulgação dos blogs tenha sido feita por forma de contagio graças as citações como as afiliações.

“while in order for a blog to become popular through blogrolls
takes a fair amount of time, permalinks can accumulate more quickly, and are
perhaps more indicative of populary and authority than blogrolls, since they
denote that people are actually reading the blog’s content and deem it valuable
or noteworthy in specific cases.”
Géneros Jornalísticos - 2º Semestre -
Reportagem & Opinião
(Apontamentos de Tiago Lopes e João Oliveira)


A reportagem toca temas que podem ser intemporais. A actualidade pode ser vinculativo da notícia e menos da reportagem. Os temas de reportagem são diversos, não se precisa de um grande tema. A reportagem não depende de tema, tempo/espaço, mas do tratamento que se dá.
Em reportagem usam-se muito os adjectivos para ilustrar os ambientes (especialmente em rádios). Uso de vários pontos de focagem na reportagem. A reportagem contém informação, que deve estar o mais actualizada possível. “Lança-se” primeiro o discurso e depois a identificação da pessoa, mas a situação inversa também é legítima e acontece. Mesmo em reportagem não se usam títulos mas sim cargos profissionais. Em rádio deve usar-se uma adjectivação forte e um jogo de palavras intenso. Dar sempre voz aos dois lados do tema!

Reportagem – ( características segundo Luís Teixeira Guedes)

Largo campo de acção; observação; imparcialidade; encontrar casos; quotidiano; orientação; impressões; desenvolvimento. - Casos de rua → acontecimentos
- Casos de alma → histórias mais humanizadas

A reportagem é o género mais nobre do jornalismo. Permite uma maior liberdade de narrativa e de estilos, com uma aproximação à literatura. O seu objectivo é informar, tal como nas notícias e entrevistas.
A reportagem é apresentada como uma história, que pode assentar no local (observação directa dos factos); dá ao jornalista a hipótese de usar o estilo directo. É o único género jornalístico que permite o uso da 1ª pessoa (em casos particulares). A descrição é a mais-valia da reportagem. Dar ao leitor os elementos para poder sentir o mesmo que o repórter. A reportagem pode acontecer em: 1º presença no local (repórter está no terreno); 2º Observa as consequências de um acontecimento a que é externo.
A reportagem vai mais longe do que a notícia. A reportagem permite uma análise das personagens e das situações. Deve dar ao leitor todas as visões contraditórias de uma mesma situação. Deve confrontar opiniões, dando uma multiplicidade de dados, pontos de vista e informação. A reportagem não contempla a opinião. O uso de adjectivos deve ser criterioso, para ajudar as pessoas a ver o mesmo que o repórter e não para “conduzir” as pessoas a pensar o mesmo que o repórter.
A reportagem diferencia-se sempre e diferencia os diferentes órgãos de Comunicação Social. A reportagem deve completar os acontecimentos, contextualizando o acontecimento e dando dados do passado.

Funções da reportagem
- Informar; - Tornar mais acessível um dado problema/assunto social;
- Aproximar as pessoas da informação.

O repórter deve viver o acontecimento, sempre que possível e previsível? A reportagem não depende da actualidade, sendo esta menos determinante. A reportagem não tem de ser sempre actualidade. A reportagem pode ser factos recentes, assuntos polémicos e perfis de pessoas e personalidades. A grande reportagem não é uma questão de distância, nem de lugar.

Grande reportagem não é:
- Questão de distância, nem de lugar;
- Questão de tema;
- Questão de dimensão;
- Questão de técnica;
- Questão de profissionalismo.

Reportagens:
Quente → acontecimento imprevisto, ou acontecimento previsto que causa espanto ao repórter;
Morna → acontecimento em diferido, ou acontecimento que já passou;
Frio → acontecimento previsto;
Factos → relato objectivo de acontecimentos, que obedece à pirâmide invertida (parecido com a notícia);
Acção → desenrolar dos acontecimentos, num relato movimentado;
Documental → relato expositivo, que se aproxima da investigação e que leva às denuncias;
Especializada → exige muita informação;
Geral → domínio da técnica de reportagem e capacidade de recolher informações em pouco tempo.

Na rádio a reportagem é ilustrada pelo som, que funciona como factor de aproximação. O repórter funciona como o “lançador” e “ligador” entre os sons. A escolha de sons é importante. Uma frase, uma ideia.

Em televisão deve existir uma harmonização do texto com a imagem. Coerência sem se cair na repetição. Deve existir linearidade do discurso. Cuidado com os adjectivos. Dar uma percepção do local, através das imagens, a quem nunca viu o local.

Na imprensa deve existir uma maior criatividade por parte do repórter. Não possui sons e apenas conta com algumas imagens estáticas para dar ao leitor as suas imagens.

Título da reportagem
- Apelativo;
- Misterioso/Directo.

A técnica da pirâmide invertida não funciona em reportagem. Pode começar-se a reportagem por detalhes, que agarrem o leitor. O começo deve ser sedutor e apelativo, com um desenvolvimento interessante.
O estilo da reportagem é livre, criativo, simples, vivo, rico, apelativo. Conseguir contrabalançar todas estas características. Exige preparação prévia, pela sua complexidade. Deve preparar-se um dossier, definir com quem se fala, o que se pergunta, onde se vai e o ângulo de abordagem.
É preciso ter em consideração o órgão de comunicação social, o seu público-alvo, os meios onde se insere a reportagem. Olhar para além da agenda, procurando histórias em acontecimentos que seriam notícias. Ir além dos “press-releases” e comunicados. Procurar nas publicações académicas, especialmente nas áreas de Ciência e Tecnologia. Estar atento aos outros órgãos de comunicação social. Estar atento à Imprensa Regional (no caso de um órgão nacional). Ter uma boa agenda. Recorrer a todas as fontes oficiais. Através da observação directa encontram-se boas reportagens. Uso dos contactos profissionais. Contactos com a comunidade.

Furo jornalístico → cacha

Existem pessoas que querem contar histórias e que telefonam para as redacções, ou enviam e-mails. Fazer a ronda (telefonar para bombeiros, polícias, hospitais).

A reportagem (especialmente em registo escrito) é muito mais humanizada. O nome e o apelido usa-se sempre no registo de reportagem. Parte do particular para o geral. Em imprensa, não se usa os artigos definidos. Usa-se sempre informação de background, para se fazer a contextualização.
É feita uma contextualização histórica do local . Uso de descrições de ambiente. Uso de uma linguagem simples e muito acessível. A 1ª pessoa deve ser intensa e o discurso directo realiza isso bem. Pode existir uma modelação dos tempos verbais. O uso do Presente e do Passado podem ser aplicados em simultâneo. Descrição de pessoas é importante.

Artigos de opinião
Fazer valer a ideia, pela argumentação. A argumentação é uma acção humana que tem por objectivo convencer. Também se fala de sedução e demonstração. Argumentar é convencer, segundo regras.

É fundamental o contexto de recepção. Os leitores já estão formatados a um tipo de estereótipos. Em opinião, pode apenas fazer-se uma peça, tendo ouvido só um dos lados.

Não é possível argumentar:
- Conhecimento científico;
- Fé religiosa;
- Sentimentos.

Saber argumentar não é um luxo, mas uma necessidade. Mas nem todos conseguem argumentar, ou pelo menos têm acesso aos espaços de argumentar. Podemos argumentar de várias formas diferentes, sobre um mesmo assunto (Phillipe Breton).

Distingue-se opinião de informação. Estes géneros por vezes misturam-se, de forma errada. É um ponto de vista, que pressupõe outros pontos de vista. A opinião é subjectiva, que pressupõe outros ou outros pontos de vista. Valorizam-se os factos que validam a nossa opinião.

Opinião não é notícia. Embora normalmente passe por assuntos da actualidade, isso não é obrigatório. Os artigos de opinião podem chamar a atenção para alguns aspectos da actualidade despercebidos. A opinião tem o interesse de despoletar efeitos. Uma opinião deve ser sempre devidamente fundamentada. A opinião permite diversos estilos e diversas temáticas.

Os artigos de opinião assentam em 2 lógicas:
1º estatuto de contra-poder;
2º papel de formador dos Media.

Valor dos artigos de opinião (Bordieu)
- Representam um ritual de conhecimento (produção, reprodução e distribuição);
- Os autores dos artigos de opinião têm um capital de conhecimento reconhecido.

Os objectivos dos artigos de opinião (Daniel Ricardo)
- Explicar os acontecimentos e os processos gerados em sociedade;
- Desmontam as situações;
- Difundem opinião:
- Formar opinião pública;
- Promover o debate de ideias (Livro “Vox Populi”)
- Agregação de opiniões pessoais;
- Reflexo das crenças da maioria;
- Resultado do confronto de grupos de interesse;
- Opinião dos órgãos de comunicação de elite (mais importante);
- Construção retórica dos Media.

Projecção de opiniões de jornalistas, políticos e outros líderes sociais. As massas populares não teriam formação nem cultura suficientes para possuírem a sua própria opinião, limitando-se por isso a servir de caixa de ressonância à opinião publicada nos Media, ou difundida pelas elites.
Opinião deve ter um espaço demarcado da opinião. Se na imprensa escrita, os artigos têm de ser graficamente demarcados, na rádio devem existir espaços destacados para tal. Na televisão também devem existir espaços destacados.
Há quem escreva artigos de opinião por razões pessoais, não se podendo misturar este estilo com a informação. Os textos devem ser breves, ter uma interpretação clara e incisiva dos factos e deve ter a defesa de uma ideia.

A polémica é bem vinda em termos de artigo de opinião. Mas nunca insultos nem a linguagem panfletária. Pessoas com formação superior.

Editorial
- Sai em todas as edições do jornal;
- Sobre actualidade;
- Publicado em espaço próprio;
- Pode não ser assinado;
- Feito pela direcção editorial;
- Pode, ou não, vincular toda a redacção (comum nos E.U.A);
- Não pode ser neutro.

Caso Espanhol
- Textos anónimos
Segundo Armamanzas y Noci:
- Texto anónimo;
- Vincula a redacção;
- Baixa influência social, devido a ser a intervenção directa dos directores dos jornais;
- Expoente máximo do anti-jornalismo (preconceitos, influências, objectivos, publicidades);
- A maior parte são sobre política.

Caso Americano
Afastamento do público, por causa das vinculações a toda a redacção.

Caso Francês
Martin-Lagardette
- Editoriais tomam partido, e compromete a responsabilidade moral do jornal;
- Defendido pela equipa;
- Papel nobre;
- Pode ser apelo, denúncia, grito de revolta;
- Escrito em estilo vigoroso e incisivo. Próximo da língua falada;
- Pode usar o humor e deve ter artigos e títulos fortes.

Quatro elementos de Editorial:
1º Título
2º Introdução
3º Desenvolvimento
4º Conclusão

Comentário
- Esporádico;
- Acompanha uma notícia;
- O jornalista “simples” tem espaços de opinião no comentário;
- Costuma ser feito pelo editor de secção.

Análise
- Artigo de opinião menos típico. Não emite opinião clara. Pretende-se analisar um acontecimento (mais fundamentação do que opinião).
- Esporádico;
- Acompanha uma notícia;
- Explicação dos factos essenciais;
- Dissecação de factos com elementos opinativos.

Coluna de Opinião
- Escrita (normalmente) por colaboradores internos e externos;
- Periodicidade das colunas (fidelização dos leitores);
- Temática livre (não sendo necessário ser um tema actual);
- Surge em qualquer secção do jornal.

Caso Inglês
Richard Keeble
“Personal Columns”
- Colunas de opinião com uso da 1ª pessoa;
- Diferentes tipos de abordagem;
- Controversos, sem sentido, irritantes, baixo nível;
- Causam relações de “amor-ódio”;
- Surgem cada vez mais em Portugal.

Crítica
- Origem num acontecimento cultural;
- Objectivo: influenciar o leitor/ouvinte/tele-espectador;
- Legitimidade dos críticos?
- Exigência de conhecimentos técnicos.

Crónicas
- Podem ser regulares ou espontâneas;
- Podem ser escritas por alguém do jornal, ou alguém convidado;
- Pode recorrer-se à ficção;
- Tem como objectivo passar uma mensagem;
- Uso da imaginação e das potencialidades estéticas;
- Mensagem implícita, sem pretensões de influenciar as massas;
- Textos de leitura fácil, acessível, ritmado, interessante.

Correcção das reportagens
Todos os parágrafos têm que ter sujeitos.
As pessoas têm que se identificar, a não ser que seja um tema sensível.
Não há cargos na peças escritas (doutores, engenheiros).
Senso comum não faz parte de qualquer prática jornalística.
Afirmações (atribuir a quem as faz).
Não fazer frases muito longas.
Concretizar os argumentos com objectividade.
Evitar repetições, e aplicar bem os verbos no discurso directo.
Géneros jornalisticos - 2º semestre
Voz do Público
(Apontamentos de Vera Inácio - Retirados do video apresentado na aula. Notifiquem-me em caso de gafe, sffv.)


Desde já uma nota a um erro frequente: VOZ DO PÚBLICO é diferente de OPINIÃO PUBLICA.
São matérias que nos foram apresentadas em cadeiras diferentes, por isso não confundam porque estamos em Géneros Jornalisticos e não em Ética e Deontologia.

As cartas do leitor são uma secção que está presente em quase todas as publicações jornalísticas (sejam elas jornais ou revistas).

Em algumas chama-se cartas do leitor, noutras cartas ao director, mas a ideia principal encerra em si o mesmo fim.

Segundo Artur Sardinha, responsável pela secção “Tribuna Livre”, no Diário de notícias, este tipo de vinculo entre o jornal e o leitor é fidelizante, faz o leitor sentir-se mais próximo e mostra que afinal de contas o que este pensa também é importante.

São dezenas as cartas que chegam todos os dias a redacção do DN, o que exige uma triagem e um tratamento das cartas escolhidas. As cartas são escolhidas e publicadas num critério de bom senso, por exemplo, não publicando difamações. O equilíbrio e a diversidade de pontos de vista são questões interessantes para publicação. É sempre curioso por vários pontos de vista em “confronto”, salientando prós e contras.
(O facto de serem ou não enviados por correio electrónico também pode fazer a diferença, visto que por vezes é complicado arranjar profissionais que tenham tempo ou estejam dispostos a bater o texto das cartas que chegam as redacções).

Artur sardinha afirma que as regras mais importantes no tratamento das cartas recebidas são o respeito do sentido e ideias iniciais da carta, mantende a fidelidade inicial do documento. Só em ultimo caso o documento deve ser alterado, e deve haver uma justificação para que isso aconteça, como por exemplo a iletracia do autor da carta que prejudicariam a leitura e percepção da mesma.

Quanto á garantia de identificação das pessoas, à algum tempo atrás era costume os jornais e revistas pedirem confirmação da veracidade da carta através do envio do bilhete de identidade do seu autor, mas hoje em dia essa prática já está em vias de extinção. O DN apenas exige o nome e a morada do autor da carta, sabendo que é sempre difícil garantir a veracidade da autoria da carta ou a sua credibilidade. Quando o procedimento é efectuado por correio electrónico as exigências são as mesmas que se praticam no escrito (Nome e Morada).
O responsável pela “Tribuna Livre” admite que já ocorreram casos em que o tratamento da(s) carta(s) não foi o melhor e o seu conteúdo foi equivocamente adulterado. Neste tipo de casos o jornal limita-se a pedir desculpas ao leitor e rectificar o erro.

Em caso de informação importante ou indicio de notícia, as cartas podem e deve ser aproveitadas para a realização de uma confirmação de veracidade e uma possível investigação ou realização de texto jornalístico.

Lucília Santos, responsável pelas “Cartas ao Director” do jornal Público certifica que O jornal reserva-se ao direito de selecção. Alguns dos critérios para a selecção de cartas são a actualidade da sua temática, e o respeito para com o leitor, o uso de linguagem correcta (evitar palavrões)…
(O Publico restringe o espaço das cartas do leitor a 4 000 caracteres.)

Este jornal segue a linha do anterior entrevistado quando não realiza nenhum processo em especial para a identificação dos leitores que lhes enviam cartas.
A respeito da escolha de textos, a publicação numa medida de precaução, não publica textos suspeitos ou que corram o risco de causar problemas tanto para o jornal como para o leitor.

O direito de resposta não sai no espaço das cartas do leitor, mas sim na secção em que o artigo que ofendeu o leitor se encontrava. Por exemplo, um direito de resposta relacionado com desporto, deverá ficar na secção de desporto.
Literatura Portuguesa - 2º Semestre
Resumo dos trabalhos finais e apresentados nas aulas
Apontamentos resumidos de Vera Inácio
(Em caso de erro ou gafe, agradeço que me avisem para o mail referido no 1º post. Bom estudo!)




“A fada Oriana”
Sophia de Mello Breyner Andersen
(1919-2004)
(Trabalho da Angela)

A autora & obra: linguagem poética, influencias estéticas do fim do modernismo e inicio do simbolismo (subjectivismo, individualismo e misticismo, rejeitando a abordagem da realidade e valorização do social feitas pelo realismo e naturalismo).
Palavras e personagens são espelhos de simbolismo nas obras de Sophia. O conto em si é um apelo as sensações visuais, tácteis e auditivas, através das quais se estabelece relação com a realidade criada pelas palavras. Utiliza com frequência temas cheios de significado como o mistério, o sonho, a justiça, cenários alusivos ao mar, à praia, à noite e personagens como fadas deuses e animais …

A Obra:
É um conto, com diegese marcada (inicio/meio/fim). As características correspondem às características típicas e que tanto marcam o estilo de escrita desta autora. Utiliza com frequência cenários como o mar, a praia, a noite, entre outros e personagens já referidos.
O narrador é heterodiegético porque limita-se a descrever o que acontece, com uma posição exterior á história. O conto tem uma estrutura linear e há 1 propósito (descreve a fada e apresenta-a), 1 desenvolvimento e 1a moralidade.
Os grandes espaços do conto são o rio e a floresta, onde o conto se desenrola. O conto possui também um espaço psicológico que é composto pelo conjunto de pensamentos e desabafos interiores das personagens, que ajudam o leitor a situar-se e o narrador não precisa de descreve-los.
O discurso das personagens é directo, as personagens conversam entre si (usam-se travessões).
O tempo é infinito, de unidade temporal (não existe informação temporal).
As personagens do conto são planas. O narrador caracteriza as personagens através da recorrência dos mesmos elementos mas não acumula novos elementos na sua descrição.

Protagonista: Fada Oriana
Antagonista: Peixe (desencadeia a intriga)
Deuteragonista: Rainha das Fadas (aparece na proposta e no final como deuteragosnista principal devolvendo as asas e a varinha à pequena Fada Oriana).

A descrição inicialmente não é muito obvia, é elaborada ao longo do conto, tanto física como psicológica. A descrição do ambiente também é importante, e o narrador usa sempre este tipo de descrição.
A focalização é heterodiegética visto que o narrador aparece alheio à diegese, por outro lado existe uma focalização interna, relacionada com os desejos e motivações profundas das personagens que são alvo de descrição ao longo do conto.

O final: o conto apresenta uma ordem que é destabilizada pelo conflito que traz a desordem que é resolvida na conclusão do conto. O conto é um problema e uma solução.

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Obra de Florbela Espanca
(1894-1930)
(?)

Poetiza de excessos que cultivou exacerbadamente a paixão. Voz marcadamente feminina. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa.
É uma escritora com uma grande intensidade passional na sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico.
A paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas. Florbela não se ligou marcadamente a nenhum movimento literário embora se encontre inserida na época do simbolismo, mas segundo alguns autores está perto do neo-romantismo e de poetas de fim do século, associados ao modernismo a que foi alheia.
A sua poesia sentimentalista segue a linha de António Nobre, por outro lado foi a técnica do soneto que a celebrizou (influencia de Quental e longinquamente de Camões).

O Simbolismo
Nasce em França por Baudelaira em 1857, com “As flores do mal”, chegando a Portugal em 1890 e desaparecendo com o aparecimento da revista Orpheu que inaugurou o modernismo. O simbolismo é composto por manifestações metafísicas, espirituais de uma subjectividade.

Fumo
O poema reflecte o sofrimento causado pelo inalcançável, pois dá a sensação de que por mais que ela tente, o seu objectivo jamais será alcançado, daí o nome “fumo”, como o fumo que se escapa entre os dedos quando o tentamos agarrar.
O poema é atemporal, apesar de referir duas épocas do ano, e o espaço é psicológico (mente da autora).

Simbolos:
Luar – noite, lua que protege os amantes
Rosas – Símbolo do amor

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Esteiros
Soeiro Pereira Gomes
(1909-1949)
(Trabalho do João O.)

O autor desta obra foi um dos fundadores do neo-realismo em Portugal e lutou activamente pela liberdade. Soeiro Gomes era militante comunista.
O neo-realismo baseava-se na dinâmica histórica e cultural da luta de classes, que exigia à arte e ao artista um verdadeiro compromisso social e militância. (tinha uma grande preocupação social para com as desigualdades). O neo-realismo surge como intervenção social, o que se explica também devido ao contexto em que surge, isto é, foi acentuado pelo período pós-guerra, e em Portugal, sobretudo devido ao regime ditatorial que na época vigorava, o Salazarismo.

Personagens:
Gineto – filho de Manuel do bote, é protagonista, o líder do bandoe, preferia roubar ou ir para a prisão, do que trabalhar no barco (não era dos mais pobres)- irreverente, mentor dos assaltos, destemido- no fim da obra torna-se antagonista pois já não é o mentor do grupo, deixara de ser um menino de rua, agora é tratado como um criminoso porque se encontra preso;

Gaitinhas – é deuteragonista, passando alguns momentos da estória como protagonista. É obrigado a deixar a escola e ir trabalhar para poder ajudar a mãe, doente, que já não podia trabalhar. Sente-se desolado e instala-se nele uma grande incompreensão por não poder estudar mais e passar de classe. Em determinado momento da história transforma-se no herói e protagonista da estória, pois é ele quem ascende a líder depois de Gineto ir no barco com o pai. A partir do momento em que pede emprego na fabrica de tijolos, deixa de ser uma criança e passa a ser um operário.

Arturinho – deixa de ser amigo de gaitinhas pois este não tinha dinheiro, pondo-o de parte e marcando Gaitinhas negativamente.

Todos os outros desempenham o papel de comparsas.

Os pormenores de pobreza, mostram as influências neo-realistas do autor.
Não existe uma descrição física das personagens ao longo de todo a estória, isto para chamar a atenção sobre a miséria, o trabalho infantil, a mão de obra infantil e as maleitas de uma sociedade que não respeita a criança. As personagens não são caracterizadas porque é essa mesmo a ideia, generalizar, são crianças e as crianças não devem viver assim.
A única excepção é a Ti Rosa, que é coxa e não existe mais alguma caracterização.

A Obra
Passa-se no espaço de Alhandra, o tempo distribui-se pelas quatro estações do ano (Outono, Inverno, Primavera, Verão). A focalização é externa com algumas passagens de focalização interna (sobre pensamento , sentimentos ou estados de espírito das personagens).
O narrador da obra é heterodiegético, toda a narrativa se realiza na terceira pessoa, sendo por vezes homodiegético, misturando-se por vezes com o autor textual. O autor não consegue ser imparcial, visto estas crianças viverem na miséria e serem exploradas.

A realidade neo-realista descreve da melhor forma possível a realidade de um povo oprimido que vivia na pobreza, e esta obra marca sem duvida essa época e essa triste realidade.
Os neo-realistas defendem que o artista tem um dever para com a sociedade, que é ser uma força activa na denuncia deste tipo de situações, intervindo e alertando o sociedade.
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Jardim sem limites
Lídia Jorge
(1946-)
(Trabalho do Tiago)

“No ‘Jardim sem limites’ aparece um tom mais realista, mais cru, sem preocupações metafóricas na construção das personagens, que aparecem perante o leitor despidas, como vieram ao mundo.”
A autora é uma das grandes percursoras do simbolismo.

O Romance
Escrita no feminino. Influenciado pelo exprimentalismo (experimentação), neo-realismo (preocupações sociais), simbolismo (imagens simbólicas muito fortes, totens, …) e alguma influencia pós-expressionismo. Fala da vida em todos os seus sentidos, conhecendo por limites, os limites orgânicos.
É um romance de personagem pois são elas o motivo da diegese, sem elas não faria sentido pois não existe uma acção que faça desencadear acontecimentos.
Romance polifónico, pois possui muitas vozes; Aberto, sem o inicio ou fim do romance serem delimitados por algum acontecimento, acontece tudo de forma natural.

Espaço
Físicos: Rua Augusta, “praça dos sonhos”, “direcção a caldas”, “escadinhas” de Santa Justa, próximo da Voga, Lisboa (ruas de), “Junto ao portal da sapataria”, Rua da prata, Hotel Francfort…
Psicológicos: quarto privado de Julieta, espaço de reflexão- este espaço mental confunde-se com o espaço físico; espaço mental de Leonardo (monólogos interiores …);

Narrador/a – No espaço psicológico da narradora passamos a conhecer também algumas personagens.
Surge logo no início e deixa transparecer a sua independência na história. Existe uma omnisciência total, mas inicialmente a sua focalização é externa e o autor parece ser um homem, até que fala no feminino e deixa-se transparecer e surgir de uma “ela”. Nunca sai do seu quarto, Remington. Apenas absorve sons, relatos e vivências, construindo um esquema de vida, sem recurso á imaginação.Nunca se chega a conhecer a narradora fisicamente. Psicologicamente apenas se refere o que se passou na Casa da Arara, e o anseio de jusificar que não teve nada a ver com o sucedido.

O quarto da Remington – não é apenas o quarto mais referido de toda a obra, é também dele que partem todos os outros espaços, sendo assim o ponto de origem (espaços que aumentam em círculos).

Tempo
De Fevereiro a Agosto, quando Leonardo (o personagem mais próximo de ser protagonista, pois é em torno dele que ocorrem todas as acções) morre.
O tempo passa devagar de dia e escorrendo a noite.

Leonardo (Static Man)
Protagonista. Não é um personagem linear, o poder da sua descrição física é de todo abalado pelo seu ser psicológico, o que faz deste personagem um assemantema imperfeito.

Julieta Lanuit (alugadora de quartos)
Antagonista. “É a mulher que abre a sua casa ao leitor”. Vive presa na rotina da qual não consegue soltar-se, mas não luta pela sua vida, por uma alternativa a este desespero e monotonia sufocante de sonhos. Ao longo do romance vai-se conformando com a sua vida.

Susana Maria (a rapariga obesa)
Deuteragonista e também o personagem mais complexo do conto. É a personagem que mais espaço vai ganhando no romance, evoluindo paradigmaticamente á medida que vai entrando na casa aurora. Vai-se apaixonando por Leonardo. Feroz não só na sua força física, no carácter e nos sentimentos, vai assim lutando pelos seus objectivos e por Leonardo. Deixa o estatuto de comparsa para ocupar o de protagonista.
Pierrot e Arlequim
José Almada Negreiros

O autor foi entre os seus pares do Orpheu o único modernista a destacar-se como dramaturgo, representando o modernismo no teatro português.
O futurismo foi o modo que Negreiros encontrou para se manifestar contra a cultura oitocentista, retardada que estava enraizada no nosso país. Este é o elevar de um sentimentalismo pela pátria, por um Portugal novo, na Europa, virado para a construção de um novo mundo, ao contrário da realidade actual. Assim o autor ataca violentamente toda uma geração, afirmando que são um “coio de indigentes e de cegos”, “resma de charlatães e vendidos”, “que só pode parir abaixo do zero”, insinuando que essa mesma geração é comodista, não luta pelos seus sonhos, talvez nem chegue a sonhar de tão acomodada á vida que tem.
Para o autor, o teatro desempenha uma função essencial como meio de comunicação e registo da sua doutrina (futurista) visto que neste, todas as artes se consagram numa só. Para o autor o teatro é a única arte que tem de falar para grandes e para pequenos, instruídos e analfabetos, sábios e ignorantes, em que todos são um. Pierrot e Arlequim é uma peça que serve exactamente o propósito de Negreiros, visto que vai de encontro ao projecto modernista explorando a arte dramática como meio multifacetado.
Esta peça foca temas como a Alegria e a Tristeza, o homem e o seu desejo, a Vida e a Morte, o sentido do saber a linguagem …
A linguagem utilizada imprega um estilo simples e claro, ingénuo, inserido na estética modernista, fiel a importância imposta no acto de comunicar.

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Pierrot e Arlequim, a obra
(Trabalho da Blandina)

È uma peça estruturada em dois actos. É composta por comédia e por tragédia.
Tragédia da condição humana demarcada por dois pólos opostos, vida e morte, interpretada por estas duas personagens da comédia Dell’Arte.

Arlequim significa vida, euforia, alegria e movimento, Pierrot, pelo contrário, existe para lembrar a morte como presença constante na vida, a disforia do outro, caracteriza a morte como seu enigma, a sua tristeza, vazio ou finitude como fim ultimo de todas as coisas. Estas duas personagens contrapõem-se num jogo binário entre o bem e o mal, o sensível e o inteligível, o ser vivido e o ser experiente…
Arlequim veste um maillot feito de trinta e sete mil pedaços de trinta e sete mil cores que são as trinta e sete mil histórias de Arlequim, as quais todas juntas não chegam para fazer uma só.

“Pierrot é a inspiração e Arlequim a experiência - os dois não existem separadamente”
Almada Negreiros

No fim ambos morreram sozinhos, solteiros, levaram a vida cada um a sua maneira e sempre na mesma até que o tempo se acabou.(encontram-se nas campas do cemitério)
O tempo é a expressão catalizadora e condicionante desta tragédia, como se a concretização total do desejo do homem só existisse fora do tempo.
Pierrot e Arlequim, termina com a frase:”não há dúvida agra já é tarde” , aludindo a este desencontro do tempo com a humanidade.

A Acção centra-se no diálogo entre as duas personagens, apenas surgindo no segundo actos os amigos de ambos, mais com um caris ilustrativo do que qualquer outra ideia.

Pierrot é um sonhador, mas metido no seu canto nada faz para conquistar a atingir os seus fins, limita-se a sonhar. Acentua assim a tristeza do que nunca irá alcançar. O personagem e o figurino são perfeitos um para o outro, já que numa palavra o que os descreve é o Branco, a cor branca, todo o figurino de pierrot é branco, como a sua cara, e nada naquele personagem nos leva a querer que exista ali uma vida dentro daquele personagem.

Arlequim é exactamente o oposto, e é impossível passar despercebido em qualquer parte que vá. É um personagem que não para e está sempre a magicar algo, e sempre com ideias, no meio de tanta agitação nunca chega a terminar aquilo a que se propõe, mas é conhecido em todo o sitio pela sua alegria.
Pierrot e Arlequim encontram-se na vida e na morte, confrontando-se nos extremos que os opõem, numa guerra sem vencedores.

A ideia geral é fazer corresponder a comédia a arlequim e a tragicomédia a pierrot.

No final de tudo apenas surge uma ideia, a melhor de todas, mas como a morte era uma realidade, e a vida tinha sido só uma e mal aproveitada pelas duas personagens, a ideia não chega a ser revelada e cai o “pano para sempre”.